A elevada abstenção levanta questões importantes sobre o engajamento político e a percepção do eleitor quanto à relevância das eleições locais
No segundo turno das eleições municipais de Porto Velho, realizado no último domingo (27), a abstenção surpreendeu ao alcançar um número expressivo. Dos 362.248 eleitores aptos a votar na capital, 110.962 optaram por não comparecer às urnas, gerando um índice de abstenção que ultrapassou 30%. Este número reflete uma tendência crescente de afastamento da população do processo eleitoral, especialmente em períodos de feriado prolongado, como o ocorrido neste final de semana.
O cenário de ausência nas urnas se repetiu desde o primeiro turno, quando 93.565 eleitores já haviam deixado de votar. Contudo, neste segundo turno, o índice de abstenção se mostrou ainda mais significativo. O feriado prolongado, que incluiu o Dia do Servidor Público na segunda-feira (28), facilitou a saída de muitos eleitores da cidade, o que potencialmente contribuiu para a queda na participação.
A elevada abstenção levanta questões importantes sobre o engajamento político e a percepção do eleitor quanto à relevância das eleições locais. Especialistas apontam que a ausência de uma parcela significativa da população nas urnas pode ser resultado de um desgaste com o cenário político, descrença na efetividade das promessas de campanha e descontentamento com o direcionamento da política pública municipal.
Apesar da abstenção, a decisão sobre o futuro da cidade foi firmemente consolidada pelos 251.286 eleitores que compareceram às urnas e decidiram o resultado entre Léo Moraes e Mariana Carvalho. Mesmo assim, o índice elevado de ausentes sugere a necessidade de estratégias que estimulem uma maior participação cidadã nos próximos pleitos.
A reflexão que se impõe é sobre como reengajar o eleitor porto-velhense e incentivá-lo a participar ativamente do processo democrático.
FONTE: JH NOTICIAS
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