Cinco registros foram feitos em diferentes cidades; presidente dos EUA ameaçou chamar Exército para conter manifestações contra o racismo
Ao menos cinco policiais norte-americanos foram baleados durante protestos contra o racismo provocados pela morte de um homem negro sob custódia da polícia, disseram departamentos de polícia e a mídia, horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometer convocar os militares para deter os tumultos.
Trump exasperou a revolta na segunda-feira (1) ao posar diante de uma igreja segurando uma Bíblia depois de agentes da polícia e militares usarem gás lacrimogêneo e balas de borracha para abrir caminho para o presidente dos EUA ir ao local depois de se pronunciar no Jardim Rosado da Casa Branca.
Manifestantes incendiaram uma rua comercial de Los Angeles, saquearam lojas na cidade de Nova York e se chocaram com a polícia em St Louis, no Missouri, onde quatro policiais foram hospitalizados com ferimentos não letais.
“Policiais ainda estão recebendo tiros no centro, e compartilharemos mais informações assim que ficarem disponíveis”, disse a polícia de St Louis no Twitter.
Um policial também foi baleado durante protestos na área da avenida Las Vegas Strip, relatou a agência de notícias AP citando a própria polícia. Outro agente se “envolveu em uma troca de tiros” na mesma área, disse a agência sem dar detalhes da troca de tiros ou da condição do agente. A polícia não quis falar à Reuters.
O governador de Nevada, Steve Sisolak, disse em um tuíte que seu escritório foi notificado sobre dois incidentes diferentes em Las Vegas. “O Estado está em contato com as forças da lei locais e continua a monitorar a situação”, disse.
Trump criticou o assassinato de George Floyd, um homem negro de 46 anos que morreu depois que um policial branco o conteve apoiando um joelho em seu pescoço durante quase nove minutos em Mineápolis no dia 25 de maio, e prometeu justiça.
Mas como as marchas e as manifestações contra a brutalidade policial se tornaram violentas ao anoitecer em todos os dias da semana passada, ele disse que protestos legítimos não podem ser suplantados por uma “multidão raivosa”.
“Prefeitos e governadores precisam estabelecer uma presença contundente das forças da lei até a violência ser contida. Se uma cidade ou Estado se recusar a adotar as ações que são necessárias para defender a vida e a propriedade de seus moradores, mobilizarei os militares dos Estados Unidos e resolverei o problema para eles rapidamente.”
Uma segunda autópsia solicitada pela família de Floyd e divulgada na segunda-feira revelou que sua morte foi um homicídio causado por “asfixia mecânica”, ou força física que interferiu com seu suprimento de oxigênio, e diz que três policiais contribuíram para sua morte.
FONTE: REUTERS
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