A Delegacia Especializada em Repressão à Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), sob o comando dos delegados Alessandro Morey e Glauco de Paula, deu início na sexta-feira (14), a segunda fase da “Operação Noya”, agora denominada “MWM”.
A ação policial combate uma organização criminosa especializada em furtos e roubos de caminhonetes, caminhões e tratores em Rondônia e, também, com atuação no Acre. Além de realizarem adulterações de sinais identificadores, “desmanches” ou comércio de peças dos veículos furtados, “clonagem” ou encaminhamento – transporte à Guajará-Mirim ou Estado do Acre e, depois, Bolívia em troca por drogas.
No ano passado, foram presos vários “soldados” da organização criminosa, os executores dos assaltos, identificados como Welton Wagner Ferreira da Cruz, conhecido por “Chicó”, Deivisson Luiz Venâncio Nunes, vulgo “Pombete”, Rodrigo Noya Bezerra, conhecido por “Raposa”, Rogério Fonseca dos Santos, conhecido por “macaco”, Cleberson de Souza Caldas, vulgo “Manel”, Henrique Bruno Oliveira da Silva, vulgo “Gordão”, Fernando Caio Oliveira de Andrade, conhecido como “Loirinho”, Luiz Cláudio Mesquita Rachid, conhecido por “Corôa Rachid”, morto quando praticava assalto, Liuanderson de Souza Moraes Fernandes e outros.
Segundo a Polícia, a liderança organização foi identificada nesta segunda-feira, quando foram presos preventivamente em Ariquemes e Buritis José Ricardo Dalício, vulgo “Ricardinho” e Ricardo Fabiano de Lima, vulgo “PATRÃO”. Já Clodoaldo Miranda Brizola, vulgo “Aldo”, está foragido, com mandado de prisão preventiva decretada, desde a última sexta-feira.
As investigações apontam que Clodoaldo Miranda é o grande líder da organização criminosa, atuante há bastante tempo, sendo evidenciado que nos últimos dois anos, de 80 à 90% das caminhonetes, caminhões e tratores furtados ou roubados no Estado foram direcionados a ele, e com auxílio de Ricardo Dalício e Ricardo Fabiano, quando não adulteravam os veículos, ou os desmanchavam, faziam os transportes à Bolívia.
Para a Polícia, praticamente, todos os crimes de furtos e roubos de caminhonetes, caminhões e tratores, acontecidos nos últimos dois anos realizados na região da Capital, no Vale do Jamari e Cone Sul, passavam pelas mãos do trio.
Assim, os veículos furtados ou roubados quando não comercializados com outra placa ou outras adulterações (Clonados), eram transportados ou encaminhados para o território Boliviano, servindo na maioria das vezes como moeda de troca por substâncias entorpecentes e armas. Além disso, a organização criminosa também atuava na adulteração, desmanche e comércio de peças dos veículos furtados ou roubados.
Os delegados ressaltam o prejuízo patrimonial às vítimas que tiveram seus veículos subtraídos, na maioria caminhonetes de luxo, caminhões e tratores ultrapassa milhões de reais, sem mencionar àquelas que sofreram violência através de graves ameaças e subjugadas por armas de fogo e/ou tiveram suas liberdades restringidas, por determinado período, até o transporte de tais veículos à Bolívia, que representa, então, dano incalculável às suas integridades física e mental. “Por fim, esclarecemos que, as investigações duraram mais de ano, sendo presos, por sua vez, mais de 20 assaltantes do segundo semestre do ano de 2017 até a presente data, como também instaurados mais de 30 (trinta) Inquéritos Policiais nesta DERFRVA, traduzindo-se em relevante trabalho investigativo realizado pela Polícia Civil Judiciária de Rondônia”.
FONTE: RONDONIAGORA.COM
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