A Polícia Civil do Estado de Rondônia, por meio das unidades de Vilhena, realizaram o cumprimento de dez mandados de condução coercitiva, seis cautelares de afastamentos de órgãos públicos e monitoramento eletrônico (tornozeleira), além de buscas e apreensão na câmara municipal e na residência de um vereador da cidade e indisponibilidade de 14 imóveis colocados em nome de “laranjas”. A ação policial denominada Operação “Habitus”iniciou nas primeiras horas desta quinta-feira (20/07), com objetivo de combater crimes de corrupção.
Os crimes de falsidade ideológica, corrupção ativa e lavagem de dinheiro tiveram início ainda em 2013, quando da aprovação do loteamento “solar”, no município de Vilhena, onde dezenas de lotes foram repassados em forma de propina a laranjas de vereadores e empresa ligada a integrante do alto escalão do executivo municipal, ainda na legislatura passada, como condição para a aprovação do empreendimento.
A investigação aponta ainda o total de R$378 mil reais em propina. O vereador Vanderlei Graebin, na época presidente da Câmara, é apontado como principal intermediário das propinas junto ao proprietário do loteamento. Ficou comprovado que três dos lotes estão em nome de sua esposa, além da existência de outras interpostas pessoas.
Além dele, foram conduzidos coercitivamente e colocados sob monitoramento eletrônico a esposa do ex-vereador Vanderlei Graebin, além do ex-vereador Jaldemiro Dedé Moreira (Jairo Peixoto), o ex-secretário Gustavo Valmórbida e decretado o afastamento da função pública e monitoramento eletrônico do atual vereador Célio Garcia, que teve busca e apreensão em seu gabinete, na Câmara Municipal e em sua residência, dentre outros investigados também que foram conduzidos para a Delegacia da Polícia Civil.
A operação foi batizada com o nome de Habitus por ser este um dos termos mais importantes da sociologia contemporânea que em resumo significa uma ponte entre as escolhas do agir individual e social, uma vez que esse esquema descoberto, se passando no campo da política vilhenense, nada tem de novo, demonstrando mais uma vez a sistêmica corrupção nos órgãos públicos praticada reiteradamente no seio social, pelos eleitos da sociedade, para governá-la.
Fonte: Policia Civil
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