Falido
Já falamos sobre isso em passado recente e volto ao assunto, a situação administrativa e financeira do município de Guajará-Mirim está caótica, irremediável. A administração está inadimplente em praticamente todos os órgãos de controle e a arrecadação não aumenta. O comércio local é praticamente inexistente, lembra aquela anedota do cara que chega a uma cidade, se hospeda em um hotel e paga a conta adiantada com uma nota de R$ 100, que passa de mão em mão e volta para o viajante (quem não conhece a história toda, a íntegra no fim da coluna). Só a título de precedentes, já decretaram falência os municípios de Novo Cruzeiro (MG), Iraúçuba (CE) e São João da Ponte (MG). E o decreto se chama “situação de emergência financeira”.
Voltando
Guajará está desse jeito e se o prefeito tivesse juízo já teria decretado falência do município, e tentado outros remédios, que não fosse a insistência de administrar uma situação que lembra uma rua sem saída. Enquanto isso, a cidade empobrece ainda mais e virou uma espécie de favela boliviana, onde a população mais pobre do país vizinho vem se refugiar em busca de melhores condições, ao menos no que diz respeito a políticas sociais e tratamentos de saúde. Mas a população de Guajará mesmo, fica a ver navios. Ou melhor, catraias e voadeiras cruzando o rio Mamoré com dinheiro nosso, deixado na Bolívia.
Cold cases
A Polícia Civil de Rondônia está devendo a conclusão de dois casos escabrosos que não foram devidamente apurados. Um deles diz respeito aos assassinatos de Alto Paraíso, cujos mandantes ou circunstâncias, padecem de esclarecimentos mais convincentes que os apresentados. E o outro é o caso do bebê Nicolas, cuja família continua aguardando uma resposta, que não seja a versão mirabolante da polícia de que a criança foi “incinerada por engano”.
De olho nesses
E outros casos, a comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa resolveu agir e deve instaurar procedimentos para tentar chegar a uma solução. A informação é do deputado estadual Léo Moraes, que vem intensificando os trabalhos da comissão. A idéia, segundo ele, é não deixar nenhum caso sem a devida apuração.
Falando em Léo Moraes
Ele foi um dos deputados responsáveis por impedir que o governo da enganação realizasse um concurso para acomodar 800 apadrinhados com salários astronômicos, ao mesmo tempo em que o governo sequer consegue convocar os aprovados em concursos anteriores, como agentes penitenciários, policiais, professores e profissionais da área de saúde. Das 800 vagas, 300 seriam para o cargo de especialista em políticas públicas e gestão governamental (?), 200 para analistas em tecnologia da informação e técnico em tecnologia da informação. As remunerações iniciais iriam variar de R$ 3.191,90 a R$ 16.152,98. Léo explicou que seria muito mais producente, e responsável, o governo usar estagiários nas áreas de informática. Quanto aos “especialista em políticas públicas e gestão governamental”, eu recomendaria o governo contratar o senador Ivo Cassol ou o ex-governador José Bianco. Nesse ponto, eles deram show em Confúcio e sua trupe.
Ensaiando
O PMDB se reúne na noite desta terça-feira em Porto Velho para discutir sobre quem será o candidato do partido que vai disputar a prefeitura da capital ano que vem. Os três nomes são, Lindomar Garçon, Emerson Castro e Williamens Pimentel. Nesse trio, o único que de fato tem voto é Garçon, mas ele já sinalizou que não tem o menor interesse nesse pleito, “quero é legislar”, disse ele. Restam Emerson Castro e Pimentel. Bom, em se tratando de voto, nem digo nada. Mas, internamente se fala que o nome de unanimidade é Pimentel, caso Garçon realmente fique fora do páreo, “Castro não conseguiu eleger-se vereador, como quer ser prefeito de Porto Velho”? declarou um peemedebista.
Observando
A empresária Jaqueline Cassol, terceira colocada na disputa ao governo ano passado vem avaliando a possibilidade de entrar na briga pela prefeitura. Mas Jaqueline não é de apostar para perder. Vem acompanhando de longe a movimentação do jogo, e ela tem um forte aliado, que é seu irmão, senador Ivo Cassol, que está baleado, mas longe de estar morto, politicamente falando. Quem anda atrapalhando, e muito, os planos do clã ultimamente é o prefeito de Rolim de Moura, César Cassol que em matéria de baixa popularidade, disputa palmo a palmo com Padre Franco, em Cacoal.
Daí
Pode ser (leia-se uma possibilidade remota, mas concreta) que Jaqueline entre nessa disputa. Outra coisa que pode acontecer é ela deixar pra lá essa história de política e continuar advogando. #sqn.
Falando em Cassol
O senador rebateu matéria que mostrava um recurso judicial em que ele pede a manutenção da segurança pessoal dele e de sua família, pagos pelo Estado. Para Cassol, “ter segurança oficial à disposição para proteger minha vida e de minha família é o mínimo que posso reivindicar pelos serviços que prestei em benefício do estado de Rondônia”. Quem concorda com ele, levanta a mão.
No interior
A Câmara de Vereadores de Pimenta Bueno em uma ação inédita reduziu de 13 para 10 o número de edis na cidade. A votação, em primeiro turno, aconteceu na última segunda-feira e a proposta original era para reduzir para 11, mas na última hora uma emenda reduziu mais uma cadeira. A mudança não afeta o orçamento, mas melhora a condição dos vereadores da próxima legislatura. Os vereadores de Pimenta estão sem assessores desde o ano passado, quando uma decisão judicial determinou a demissão de todos os comissionados. A atual legislatura conseguiu reduzir significativamente as despesas com diárias e outros gastos. Se mantiver esse ritmo, vai conseguir outro fato inédito, ser uma câmara que, de fato, dá resultado para a população. Pimenta agora, só precisa de um prefeito que cuide da cidade, porque o atual…
Mineirice
O deputado federal Luiz Cláudio chegou em Brasília sem muito alarde e vem conquistando espaços importantes no cenário. Ele integra a Frente Parlamentar Agropecuária e anda participando de reuniões onde estão sendo debatidas algumas prioridades para o setor agropecuário e principalmente a PEC 215/00 que trata da demarcação de terras indígenas. Outro ponto que vem sendo discutido é o Ato Cooperativista que está no Congresso Nacional precisando de agilidade e ser votado porque é de suma importância para as cooperativas brasileiras. Duas questões que interessam diretamente ao estado de Rondônia. Está no lugar certo na hora certa. Igual mineiro, “comendo pelas beiradas” e sem zuada.
Para contatos
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“Pão integral industrializado é pior do que pão branco”
Em uma afirmação que foge de todas as outras que se ouve hoje em dia, o clínico geral autor de vários livros sobre enxaqueca, Alexandre Feldman, defende que o pão integral industrializado pode ser pior do que o pão branco. A razão principal, explica o médico, seria a presença dos chamados antinutrientes, que impedem a absorção dos nutrientes pelo corpo. Erra quem pensa que esses antinutrientes vêm dos possíveis aditivos químicos presentes nos pães integrais industrializados. O problema está mesmo no próprio grão integral, como explica Feldman: “Antinutrientes são substâncias naturais presentes dentro das sementes, que impedem a germinação delas”. No pão integral industrializado, segundo Feldman, esses antinutrientes não são neutralizados – processo que ocorre apenas na produção caseira – prejudicando a absorção das vitaminas, de minerais e proteínas pelo corpo. Além disso, ele explica que dependendo do tipo de fibras, elas podem “arranhar” o intestino, deixando-o mais permeável, induzindo a absorção de moléculas maiores que o normal, que uma vez dentro da circulação sanguínea são reconhecidas como corpos estranhos, e gerando produção de anticorpos e um estado inflamatório no corpo.
Retrato de uma economia estagnada
Chega à cidade um sujeito e procura o único hotel. Conversa com o gerente, tira uma nota de 100 reais e coloca sobre o balcão. Diz que antes de se hospedar, quer conhecer o quarto.
Enquanto ele vistoria o quarto, o dono do hotel pega os 100 reais e vai no açougue ao lado, onde paga R$ 100 que devia.
O açougueiro pega o dinheiro e vai em frente pagar o criador de porcos. Dá-lhe os 100 reais.
Por sua vez, o criador pega a grana e vai até o veterinário pagar os 100 reais que lhe deve.
O veterinário vai até o hotel e paga 100 reais que devia quando ali foi com uma “amiga” e não tinha dinheiro.
Resumindo, os R$ 100 voltaram para o hotel.
*O sujeito que visitava a cidade, depois de olhar o quarto, pede o dinheiro de volta porque não gostou do que viu. Pega a grana e vai embora.
E agora? Ninguém gastou um centavo sequer, os R$ 100 reais ficaram com o legítimo dono, e ninguém mais deve nada a ninguém. Por quê?
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