Apesar do intenso tiroteio e da mudança de chefe hierárquico, com a transferência da Polícia Federal do Ministério da Justiça para o Ministério da Segurança Pública, a ordem no Palácio do Planalto é de manter no cargo o atual diretor-geral da PF, Fernando Segovia.
A avaliação reservada de interlocutores do presidente Michel Temer é que a situação interna de Segovia ficará mais confortável com a subordinação ao ministro da Segurança, Raul Jungmann. Isso porque não havia uma boa relação entre o diretor da PF e seu ex-chefe direto, o ministro da Justiça, Torquato Jardim.
“Torquato Jardim havia indicado outro nome para o cargo. E Segovia despachava diretamente com Temer, sem intermediação do ministro da Justiça. O clima não era bom entre eles. Portanto, a situação vai melhorar”, observou um interlocutor de Temer.
Houve um movimento de delegados pela substituição de Segovia depois que noúltimo dia 9, ele disse em entrevista à Reuters que, no inquérito, não foi encontrado indício de crime por parte de Temer.
Segundo a agência, o diretor-geral da PF também indicou que a PF pediria o arquivamento das investigações.
As declarações de Segovia causaram intensa repercussão, a ponto de os delegados da PF que atuam no Supremo divulgarem mensagem contra o que ele disse.
Em documento, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao STF que emita ordem judicial para o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, se abster de “qualquer ato de ingerência” sobre o inquérito, sob pena de afastamento do cargo.”
FONTE: G1.COM
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