Politica

PL do licenciamento ambiental depende de acordo entre comissões do Senado

Projeto de lei que está no Senado desde 2021 depende de um acordo entre as comissões de Meio Ambiente e de Agricultura da Casa

Há 20 anos em tramitação, o avanço do projeto de lei do Licenciamento Ambiental depende da construção de um acordo entre as comissões do Senado. Segundo o relator da proposta na Comissão de Meio Ambiente da Casa, Confúcio Moura (MDB-RO), o melhor cenário para destravar a proposta é por meio da mediação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O texto tramita no Congresso desde 2004 e foi aprovado na Câmara em 2021, e modifica uma série de procedimentos para o licenciamento ambiental no país.

A proposta tramita ao mesmo tempo em duas comissões. Além do relatório de Confúcio, a matéria também terá um relatório da senadora Tereza Cristina (PP-MS) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária.

“Hoje em dia, pelo tempo que está tramitando, o PL já tem 79 emendas. O projeto que, atualmente, está na minha autoria visa avançar na regulamentação do art. 225 da Constituição Federal, pois sem isso cada estado e município tem e utiliza a sua regulação e cada um com o seu regulamento”, apontou o senador durante o Congresso Ambiental 2024, na quinta-feira (27).

“De acordo com a CNI [Confederação Nacional da Indústria], hoje, existem 27 mil normas relacionadas ao licenciamento ambiental, o que dificulta o cenário para empreendedores, pois gera dificuldade no momento da operação”, completou.

Felipe Lavorato, presidente da Ambientare Soluções em Meio Ambiente e mediador do painel do evento, destacou que é preciso pensar em desburocratizar e avançar o licenciamento ambiental no país. Para ele, o foco deve ser na inovação e melhoria do cenário.

“Os desafios que vivemos no dia a dia junto aos municípios, estados, órgãos ambientais e empresas são inúmeros, por essa razão acredito que podemos avançar com praticidade e segurança jurídica em relação ao licenciamento ambiental no país”, diz Lavorato.

A proposta ainda é alvo de debate e falta de consenso entre os senadores, principalmente em relação à simplificação do licenciamento ambiental. Uma das questões controversas envolve a ampliação do autolicenciamento, através da Licença por Adesão e Compromisso (LAC), que permite ao próprio empreendedor realizar o licenciamento quando o estudo de impacto ambiental não for necessário.

Outro ponto polêmico do projeto de lei diz respeito às “autoridades envolvidas”, como a Funai, a Fundação Palmares, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e o ICMBio. O texto propõe que esses órgãos só poderão se manifestar sobre o licenciamento — e mesmo assim sem poder de veto — quando unidades de conservação, terras indígenas, territórios quilombolas e sítios arqueológicos estiverem no canteiro de obras ou em sua zona de influência direta, ou seja, no entorno imediato.

Na época em que a proposta foi aprovada na Câmara, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pediu aos senadores que alterem trechos sugeridos pelos deputados. O trâmite do projeto prevê que após a aprovação pela Comissão de Meio Ambiente e Comissão de Agricultura, o texto seja votado no plenário do Senado.

FONTE: R7.COM

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