Agronegócio

PIB do agro cresce 15,1% e ganha mais peso na economia

Segundo especialistas, o resultado recorde da agropecuária foi puxado pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) do país, divulgado nesta sexta-feira (1º/3), permaneceu estável no quarto trimestre de 2023 e encerrou o primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com um crescimento de 2,9%, atingindo o valor total de R$ 10,9 trilhões. Segundo especialistas, o resultado foi puxado pela agropecuária.

“A atividade agropecuária aumentou 15,1% de 2022 para 2023, exercendo uma influência significativa no desempenho geral do PIB do país”, afirma o economista Volnei Eyng, CEO da Multiplike.

De acordo com o executivo, houve também um crescimento na indústria (1,6%) e nos serviços (2,4%). “O PIB per capita alcançou R$ 50,1, representando um avanço real de 2,2% em relação a 2022”, destaca, explicando os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.

“O resultado desse PIB reforça a tendência de o BC cortar a taxa de juros do país em meio ponto percentual nas próximas duas reuniões à frente, conforme já precificado anteriormente pelo mercado”, diz Eyng. “Também reforça a tese de que o Brasil poderá, sim, encerrar o ano de 2024 com a Selic na casa de um dígito, ou seja, 9% ao ano, em linha com a expectativa dos economistas”, declara.

A taxa básica de juros está, atualmente, em 11,25% ao ano e as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) são em 19 e 20 de março, bem como 7 e 8 de maio e também 18 e 19 de junho.

Setores

Em relação ao agro, o especialista reforça que o resultado positivo foi impulsionado pelo crescimento da produção e pela maior produtividade da agricultura, especialmente nas lavouras de soja e milho, que registraram produções recorde de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

“Outro fator que contribuiu positivamente para o resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das indústrias extrativas, que cresceram 8,7% devido ao aumento na extração de petróleo, gás natural e minério de ferro”, frisa, acrescentando que os setores de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos cresceram 6,5% devido às condições hídricas favoráveis e ao fenômeno climático El Niño.

Por outro lado, as indústrias de transformação (-1,3%) e de construção (-0,5%) encerraram o ano com queda. “Já no setor de serviços, todas as atividades registraram crescimento, com destaque para as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que cresceram 6,6%.”

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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