Vereadora foi assassinada em março deste ano e, até o momento, caso não foi elucidado. Atuação da Polícia Federal foi autorizada após pedido da Procuradoria Geral da República.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou nesta quinta-feira (1º) que a Polícia Federal vai abrir uma investigação para apurar a suposta existência de uma organização criminosa que estaria impedindo a elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, Anderson Gomes.
A vereadora e seu motorista foram assassinados em março deste ano, dentro de um carro na Região Central do Rio de Janeiro.
A abertura de um novo inquérito sobre o caso foi pedido pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a partir de dois depoimentos colhidos por procuradores federais. Atualmente, a investigação sobre o caso está a cargo da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O ministro disse que as testemunhas deram seu depoimento dentro e fora do Rio de Janeiro – o primeiro foi tomado no Rio Grande do Norte, segundo apurou a TV Globo; as famílias delas terão proteção da PF.
Segundo Jungmann, a suposta organização criminosa que estaria desviando e obstruindo as investigações do homicídio inclui a participação de agentes públicos e milicianos.
O ministro diz que a entrada da PF no caso se torna necessária por envolver, além de organização criminosa, indícios de coação no curso do processo, fraude processual, favorecimento pessoal, patrocínio infiel, exploração de prestigio, falsidade ideológica, fraudes e eventual crime de corrupção.
“Vai ter duas investigações em paralelo. A da morte de Marielle continua. Mas vai ter outro eixo, que vai investigar, seja quem está dentro do poder público, ou quem está fora. É uma investigação da investigação, vamos assim dizer […] Se levar luz sobre quem matou Marielle Franco, é uma possibilidade, mas não é esse o objeto”, disse Jungmann.
Em agosto deste ano, Jungmann chegou a oferecer que a Polícia Federal assumisse a investigação principal da morte de Marielle Franco. O presidente Michel Temer autorizou a atuação da PF no caso.
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