Segundo as investigações, Thiago Eliezer, programador de computadores, ensinou conhecimentos de informática a Walter Delgatti Neto
Um dos alvos presos pela Polícia Federal na segunda fase da Operação Spoofing , nesta quinta-feira, o programador de computadores Thiago Eliezer Martins , é suspeito de ser o mentor intelectual do hacker Walter Delgatti Neto , que havia admitido as invasões ao Telegram das autoridades públicas.
De acordo com as investigações, Eliezer era especialista em descobrir falhas em sistemas de informação e teria passado conhecimentos de informática para Delgatti Neto. Por causa de suas orientações, ele era até mesmo chamado pelo hacker pela alcunha de “professor”. A PF agora investiga se Eliezer tinha ligação direta com as invasões realizadas por Delgatti. Os investigadores querem saber se o programador de computadores orientou Delgatti ou mesmo se atuou diretamente nessas invasões.
Além de professor, Eliezer tinha a alcunha de “Crash” nas conversas entre o grupo de Walter Delgatti Neto. Também era conhecido pelo apelido de Chiclete.
A PF também apura a evolução patrimonial de Eliezer, para descobrir se ele constituía o braço financeiro do grupo. Os investigadores tentam descobrir se houve pagamentos para a invasão do Telegram das autoridades públicas. Para isso, a PF pediu — e a 10ª Vara da Justiça Federal já autorizou — a quebra do sigilo bancário de Eliezer.
Em relação ao outro preso, Luiz Molição, a PF tem indícios de que ele guardava parte das conversas obtidas na invasão do Telegram das autoridades. Os investigadores querem saber se ele também participou das invasões e qual foi o papel dele no vazamento das conversas para órgãos de imprensa.
A primeira fase da Spoofing foi deflagrada em 23 de julho e prendeu, além de Delgatti, outros três alvos ligados a ele. Todos permanecem presos preventivamente. A PF agora busca um possível braço financeiro do esquema e ainda não descartou que o grupo tenha sido pago para realizar as invasões.
Procurada, a defesa de Eliezer não respondeu aos contatos da reportagem. A defesa de Luiz Monção não foi localizada.
FONTE: O GLOBO
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