Entidades sindicais ligadas à CUT podem ter sido responsáveis por financiamentos de campanhas petistas
Começou
O Brasil acordou comemorando a condução coercitiva de Lula, que vinha fazendo chicana para evitar depor nas investigações em andamento que apuram seu enriquecimento ilícito, compra de um sítio e um triplex. Collor caiu por uma Elba e Lula pelo sonho burguês, de ter um apartamento na praia e uma casa de campo. A repercussão foi imediata. A camarilha que tenta proteger Lula, rapidamente se organizou e foi fazer baderna. Não deu certo. Seu depoimento durou quase quatro horas no aeroporto de Congonhas.
Mas
As investigações precisam ser ampliadas. A Polícia Federal tem que começar a investigar os sindicatos ligados à CUT e outras siglas que apoiam o PT, tanto moralmente quanto financeiramente. O depoimento de um ex-executivo da Petrobrás deixou isso claro, o PT usou dinheiro dos sindicatos para eleger Lula em 2002. Ser da cúpula sindical no Brasil, acredite, é melhor que ser deputado. Eles não prestam contas da gastança, os diretores tem carros, passagens aéreas, hospedagem e outros ‘mimos’ todos bancados pelo suor dos trabalhadores.
Do contrário
Corre o risco dessa turma continuar bancando o PT e outros movimentos nada republicanos como o MST e outros. Todos financiados com recursos do governo federal e que contam com apoio dos sindicatos. O Brasil precisa aproveitar esse momento único, em que a bandidagem de todos os partidos está amendrontada e dar início as reformas estruturais para poder sair do buraco. Não se iludam com essa de ‘Lula é preso, o dólar cai e a bolsa sobe’. Isso é passageiro. Precisamos rever a máquina pública, reduzir custos com funcionalismo, mudar a legislação tributária e privatizar o que der. Chega de manter esses elefantes brancos gigantescos, que consomem milhões mensalmente e dão retorno mínimo.
Simbologia
A ‘condução coercitiva’ de Lula, por mais que pareça exagerada para alguns, foi didática e simbólica. Ela mostrou que ninguém deve estar acima da lei, nem mesmo ele, que alega ter ter feito muito pelo país e por isso ‘merece respeito’. Se Lula não tivesse feito tanta chicana em seu depoimento ao Ministério Público nas investigações do triplex, certamente não teria passado por esse constrangimento. Também serviu para mostrar que o mito acabou. Ele pode sim ser preso, se assim as autoridades decidirem.
Politicamente
Isso seria ruim. Ele sairia vitimizado do processo. Daí a importância da polícia fazer um trabalho exemplar, se for para prende-lo, que tenha provas contundentes, como parecem ter em relação a Marcelo Odebrecht, por exemplo. Há que apurar responsabilidades também de Dilma Roussef em toda as denúncias que pesam contra ela, como as pedaladas fiscais, os financiamentos de campanha e as traquinagens que seu marqueteiro andou aprontando.
Inferno astral
E a coisa anda tão complicada para o governo que até o novo ministro da Justiça foi impedido, pela Justiça, de tomar posse. Como promotor de justiça, Wellington César não pode ser ministro. Já existem decisões consolidadas no STF sobre o caso. Uma liminar da Justiça Federal de Brasília determinou que o ministro escolha, ou ser promotor ou ficar no governo. Ele pode até ficar, mas aí tem que pedir exoneração do Ministério Público.
Curioso
É que o sujeito é promotor e deveria, em tese, conhecer a legislação que rege sua categoria. Se bem que esse é o governo da malandragem, dos espertos, da turma do ‘se colar, colou’. Não colou.
Sem rumo
O preocupante do cenário atual, é a percepção que o Brasil está completamente sem rumo, sem condução. Dilma não tem a menor condição de se manter na presidência, não vai acontecer um ‘milagre’ e ela reconquistar a popularidade e a confiança da população. Dilma virou um zumbi no Planalto e seus assessores estão perdidos. E o principal, não existe um plano, uma ação efetiva por parte do governo para tirar o Brasil do buraco.
O governo
Só consegue enxergar a CPMF como alternativa, como se isso fosse resolver todos os problemas do país. Não vai. A sociedade não aguenta mais impostos, e já caímos no golpe da CPMF no passado. Precisamos é de uma reforma tributária ampla, revisão da legislação trabalhista.
Mais curta
Em função da correria, a coluna desta sexta ficou menor. Voltamos a nossa programação normal na segunda.
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