Segundo polícia, os seis devem ser indiciados por crime de falso, que seria uso de documentos falsos e falsidade ideológica. Inquérito que vai tratar os crimes de homicídio e ambientais ainda não tem previsão para ser concluído.
A Polícia Federal afirmou nesta quarta-feira (20) que vai dividir o inquérito que apura o desastre da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em duas partes e que deve indiciar seis pessoas por crime de falso – que seria uso de documentos falsos e falsidade ideológica.
A primeira parte do inquérito vai apurar esses crimes de falso, que já poderiam ser comprovados. Devem ser indiciados os técnicos da Tuv Sud e da Vale que atuaram no processo de declaração de estabilidade da Barragem B1, que se rompeu na Mina do Córrego do Feijão, em 25 de janeiro.
A segunda parte será para apurar os crimes de homicídio e ambientais – o que, segundo a polícia, ainda vai exigir perícias e outras investigações. Até esta quarta-feira, 209 mortes haviam sido confirmadas e 97 pessoas estavam desaparecidas.
Um outro inquérito, da Polícia Civil, também está em andamento e ainda sem prazo para a conclusão diante da complexidade do caso.
Buscas
Cinquenta e cinco dias e a lama ainda encobre 97 desaparecidos. No caminho do rejeito, a vida que foi deixada às pressas: a marmita, o uniforme de trabalho, a bíblia.
Em um dos escritórios da mineradora, que ficava a uns 300 metros da barragem, a lama levou uns 10 segundos para chegar e deixou tudo revirado: mesa, material de escritório, cadeira.
Nesta quarta-feira, 137 militares trabalhavam em 15 pontos. Mais de 100 máquinas pesadas ajudam a escavar os rejeitos.
Os bombeiros trabalham em buscas onde acreditam que podem encontrar até 20 vítimas. Eles compararam as imagens de agora e do dia do desastre. E identificaram grupos que trabalhavam em cima da barragem no momento do rompimento. O depoimento de um sobrevivente também foi fundamental para chegar ao ponto de busca.
FONTE: G1.COM
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