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Partidos cobram ministérios e cargos prometidos na disputa para as presidências da Câmara e do Senado

O presidente Jair Bolsonaro está sendo cobrado por uma reforma ministerial para depois do Carnaval. As mudanças fazem parte do acordo do governo com partidos do Centrão em troca de voto aos candidatos apoiados pelo Palácio do Planalto na eleição para as presidências da Câmara e do Senado.

Mas a ideia do governo é fazer as mudanças aos poucos. Nesta semana, Bolsonaro voltou a negar que negociou ministérios com o grupo de partidos, mas os próprios parlamentares confirmam as conversas com o Palácio do Planalto.

O Ministério da Cidadania, por exemplo, é uma das promessas e já estaria destinado ao Republicanos.

O nome do deputado federal João Roma (Republicanos-BA) ganhou força nos últimos dias para ser indicado para o ministério. Roma é ligado ao presidente do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), mas ACM Neto nega que tenha negociado indicações junto ao Planalto.

Antes da eleição na Câmara, o deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA) chegou a ser cotado para o cargo.

Bolsonaro confirmou na segunda-feira (8) que o atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, será deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência.

A Secretaria-Geral está sendo comandada interinamente por Pedro Cesar Nunes, subchefe de Assuntos Jurídicos, depois que Jorge Oliveira deixou o governo no final de 2020 para tomar posse como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

O Ministério do Desenvolvimento Regional também está previsto no pacote de acordos com o Centrão.

O senador Nelson Trad (PSD-MS) confirmou que está entre os nomes cotados para comandar o ministério. Ao Yahoo!, o parlamentar afirmou que “ainda não recebeu um convite formal, mas não recusaria o convite porque é um homem de desafios”. Ele disse que aguarda o posicionamento do PSD.

Davi Alcolumbre (DEM-AP) disse a aliados que avaliava assumir a pasta, mas desistiu e agora articula a indicação de Nelson Trad ou do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Além disso, parlamentares querem a recriação dos Ministérios do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior, ambos extintos pelo governo Bolsonaro, que incorporou as pastas ao Ministério da Economia.

A ideia é contemplar o PP de Arthur Lira (AL) e dar mais controle dos políticos sobre o orçamento federal.

Parlamentares do Centrão estão de olho ainda no Ministério da Saúde. Bolsonaro avisou que não pretende demitir o ministro, general Eduardo Pazuello, mesmo com as críticas e a investigação judicial em relação à sua atuação no enfrentamento da pandemia.

O líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), que já foi ministro da Saúde no governo Michel Temer foi cotado, mas ele teria recusado porque não quer assumir o ministério neste momento de crise.

O xadrez de cargos inclui também o Ministério da Agricultura. A sugestão de partidos aliados ao governo é remanejar Tereza Cristina para o Itamaraty. O movimento atenderia a dois desejos: substituir o chancelar Ernesto Araújo e liberar a Agricultura para indicações de parlamentares.

Bolsonaro afirmou que o ministro das Relações Exteriores segue firme no cargo, principalmente depois das declarações do vice-presidente Hamilton Mourão, que sugeriu que Ernesto seria demitido.

FONTE: YAHOO NOTÍCIAS

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