Há cerca de um mês, o Credit Suisse foi vendido ao UBS Group AG, por US$ 3,2 bilhões
O Parlamento suíço rejeitou, na terça-feira 11, a liberação de mais US$ 120 bilhões — cerca de R$ 596,3 bilhões — em garantias financeiras para o resgate do Credit Suisse. Entretanto, a votação teve caráter praticamente simbólico, uma vez que o governo já comprometeu os recursos necessários para salvar o banco.
A votação teve 102 votos contrários ao resgate, de um total de 200 deputados. No entanto, a Câmara Alta do Parlamento suíço — equivalente ao Senado Federal brasileiro — já havia aprovado a liberação dos recursos ao banco. As divergências entre as Casas fizeram com que a deputados contrários cogitassem a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a operação.
Há cerca de um mês, o Credit Suisse foi vendido ao UBS Group AG, por US$ 3,2 bilhões, em uma transação histórica, que contou com a chancela do Banco Central do país, além do próprio Executivo.
A participação do governo na operação de resgate ao Credit Suisse foi analisada em regime de urgência pelo Parlamento suíço. Ouvido pelos congressistas, o presidente do país, Alain Berset, defendeu o negócio e disse que a quebra do banco teria “consequências desastrosas” para a economia.
Apesar dos debates e das votações no Legislativo, as chances de uma reversão da compra do Credit Suisse pelo UBS são muito pequenas, já que o acordo entre as instituições financeiras foi assinado por um grupo de parlamentares da chamada “delegação financeira” — que aprovaram a transação.
Contudo, a Procuradoria Federal da Suíça instaurou uma investigação sobre a transação entre os dois bancos. De acordo com as autoridades suíças, serão investigadas supostas violações da lei criminal por parte de servidores do governo, agentes reguladores e executivos das instituições.
FONTE: REVISTA OESTE
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