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Palestinos começam a voltar ao norte da Faixa de Gaza

Após liberação do exército de Israel de parte das estradas, expectativa é que cerca de 650.000 pessoas realizem o trajeto de retorno nos próximos dias; casas foram severamente destruídas devido aos intensos bombardeios

Nesta segunda-feira (27), um cenário de esperança e desafios emergiu na Faixa de Gaza, quando dezenas de milhares de palestinos foram vistos retornando ao norte da região. Este movimento significativo foi possível após o exército de Israel liberar parte das estradas, um gesto que seguiu o cumprimento de um acordo pelo grupo Hamas, que finalmente libertou uma refém mulher como combinado. Com a abertura das rodovias e postos de controle, os palestinos puderam utilizar a Via Costeira para retornar às suas casas.

A expectativa é que cerca de 650.000 pessoas realizem o trajeto de retorno nos próximos dias. Muitos optam por caminhar, percorrendo distâncias que variam de 25 a 40 km, uma escolha que se mostra mais rápida do que o uso de veículos. Isso se deve às vistorias rigorosas realizadas pelo exército israelense, que visam impedir o transporte de armamentos ou itens proibidos. A Faixa de Gaza, com uma população densa de aproximadamente 2,3 milhões de habitantes, enfrentou um deslocamento massivo, com 80 a 90% de sua população forçada a deixar suas casas desde o início do conflito em outubro de 2023.

Para muitos dos que retornam, a realidade que os aguarda é desoladora. Especialmente no norte da Faixa de Gaza, as casas foram severamente danificadas ou destruídas devido aos intensos bombardeios, já que a área é considerada um reduto importante do Hamas. Apesar disso, com a chegada de ajuda humanitária, que está fluindo em níveis superiores aos acordados anteriormente, é possível que a população de Gaza consiga reestabelecer a vida pouco a pouco. Esta assistência é vista como crucial para ajudar na reconstrução da vida dos habitantes de Gaza.

Além disso, um plano de reconstrução está sendo cuidadosamente elaborado por uma coalizão de países, incluindo Estados Unidos, Qatar, Kuwait, Emirados Árabes e Arábia Saudita. Este plano visa não apenas a reconstrução física, mas também o futuro da população afetada pela guerra. A situação continua a ser monitorada de perto, com um foco particular na libertação de reféns e no retorno seguro dos palestinos às suas casas, enquanto a comunidade internacional busca soluções duradouras para a paz e estabilidade na região.

FONTE: JOVEM PAN NEWS

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Marcio Martins

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