Ministério da Saúde, porém, não sabe informar quantos casos estão relacionados ao zika
BRASÍLIA – O Brasil registrou, em 2015, 1.761 casos suspeitos de microcefalia, distribuídos por 422 cidades de 14 unidades da federação, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. No boletim anterior, apresentado no dia 30 de novembro, eram 1.248 casos.
No último dia 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou a ligação entre o vírus zika e a microcefalia. Ou seja, uma mulher que contraiu o zika durante sua gravidez pode gerar um bebê com microcefalia. O órgão, porém, ainda não sabe informar quantos desses 1761 casos de microcefalia podem ter raiz no zika.
Também nesta terça, o Ministério da Saúde, apresentou o protocolo de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika. A microcefalia é uma doença em que os bebês nascem com a cabeça menor que o normal e que, em 90% dos casos, está relacionada a retardo mental. O ministério confirmou a ligação da epidemia, que atinge estados do Nordeste, em especial Pernambuco, e o vírus zika, que causa uma doença parecida com a dengue e é transmitido pelo mesmo mosquito: o Aedes aegypti.
O protocolo destaca cinco aspectos a serem considerados pelos profissionais e gestores da sáude. São eles: gestante com possível infecção pelo vírus zika durante a gestação; feto com alterações do sistema nervoso central possivelmente relacionada à infecção pelo vírus durante a gestação; aborto espontâneo decorrente de possível associação com infecção pelo vírus durante a gestação; natimorto decorrente de possível infecção pelo vírus durante a gestação; recém-nascido vivo com microcefalia possivelmente associada a infecção pelo vírus durante a gestação.
O documento traz informações gerais, orientações específicas e diretrizes para ações de vigilância relacionadas à microcefalia. O protocolo foi elaborado pelo ministério, secretarias estaduais e municipais de saúde, e especialistas de áras da medicina, epidemiologia, estatística, geografia e laboratório.
Fonte: oglobo
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