Correspondências suspeitas para o ex-presidente e a ex-primeira-dama foram interceptadas pelo serviço secreto. Prédio onde fica escritório da CNN em Nova York foi esvaziado por causa de pacote suspeito.
Pacotes com dispositivos que aparentam ser explosivos mandados para diferentes personalidades americanas foram interceptados nesta quarta-feira (24). Nenhum deles chegou a explodir. Veja abaixo para quem foram mandados os pacotes:
- Barack Obama, ex-presidente
- Hillary Clinton, ex-secretária de Estado
- John Brennan, ex-diretor da CIA, cujo nome está em pacote mandado para a CNN
- Debbie Wasserman-Schultz (deputada democrata pela Flórida), marcada como remetente em pacote endereçado errado ao ex-secretário de Justiça Eric Holder
- Maxine Waters (deputada democrata da Califórnia)
- George Soros, investidor (caso ocorrido na segunda-feira)
Um agente especial do FBI, a polícia federal americana, disse à CNN que os dispositivos “pareciam ser bombas de cano” (bomba feita com um pedação de cano, um tipo comumente associado a fabricação caseira).
Os “potenciais dispositivos explosivos” enviados para as residências da ex-primeira-dama Hillary Clinton e do ex-presidente Barack Obama foram interceptados pelo serviço secreto dos EUA, anunciou o Departamento de Segurança Interna americano.
Em seguida, ainda nesta manhã, o prédio onde fica a rede CNN em Nova York foi esvaziado, também por causa de um pacote suspeito que depois se constatou conter “um aparente dispositivo explosivo funcional”, nas palavras da polícia, e um envelope com um pó branco. Essa correspondência tinha como destinatário o ex-diretor da CIA, John Brennan e a “Time Warner (CNN)”.
O FBI de Miami informou que a deputada democrata Debbie Wasserman-Schultz recebeu em seu escritório um outro pacote suspeito. Fontes da rede CNN explicaram que ela estava marcada como remetente, e que a remessa na verdade era destinada ao ex-secretário de Justiça Eric Holder, mas que o endereço dele estava errado e que, por causa disso, foi “devolvido” à representante da Flórida.
A deputada ainda aparece como remetente das correspondências que tinha Hillary e Obama como destinatários.
Outra deputada, a também democrata Maxine Waters, da Califórnia, recebeu em seu gabinete em Washington um pacote, que, segundo fontes da imprensa americana, é parecido com aqueles enviados a Obama e Hillary. O FBI está investigando se ele é explosivo.
O governador do estado de Nova York, o democrata Andrew Cuomo, também disse que seu escritório em Manhattan recebeu um pacote com um dispositivo suspeito, mas a polícia em seguida esclareceu que ele não continha bomba e não tem relação com os demais casos.
Cuomo afirmou que não seria de estranhar se mais aparentes explosivos fossem encontrados, e apontou que “parece haver um padrão” para as correspondências, referindo-se ao fato de os destinatários terem ligação com o Partido Democrata.
A CNN chegou a afirmar nesta manhã que um outro pacote suspeito teria sido mandado para a Casa Branca, mas o serviço secreto negou.
Descobertos na triagem
O serviço secreto interceptou o pacote endereçado a Hillary Clinton na terça-feira (23) e, na manhã desta quarta (24), o outro que iria para a casa do ex-presidente Obama. Os pacotes foram imediatamente identificados como “potenciais dispositivos explosivos” durante os procedimentos de triagem de rotina.
Obama e Hillary não chegaram a receber ou correram risco de recebê-los, segundo a nota do Departamento de Segurança Interna. Uma investigação criminal foi aberta para identificar o responsável pela ação.
Alguns veículos da imprensa americana, como a rede ABC e o “New York Times” tratam os pacotes como “explosivos”, mas a informação oficial disponível até o momento é de que se tratam de “potenciais dispositivos explosivos”.
“Estamos bem, obrigada aos homens e mulheres do Serviço Secreto que interceptaram o pacote que nos era endereçado muito antes de chegar a nossa casa”, afirmou Hillary.
No caso de Hillary, ela sequer estava em casa, pois participa de campanha eleitoral na Flórida. Seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, estava na residência.
Segundo o jornal “The New York Times” , o pacote endereçado a Hillary era parecido com o que foi encontrado na segunda-feira (22) na casa do bilionário George Soros.
O presidente Donald Trump foi informado sobre os pacotes suspeitose disse que não poupará recursos para descobrir quem os enviou. Ele acrescentou que “atos ou ameaças de violência política de qualquer tipo não têm lugar nos Estados Unidos da América”.
O presidente da CNN, Jeff Zucker, por sua vez, divulgou um comunicado criticando Trump e a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders. “Há uma total e completa falta de compreensão na Casa Branca sobre a gravidade de seus contínuos ataques à mídia”, disse ele.
CNN
Nesta manhã, a CNN informou que um pacote que pareceu suspeito a funcionários da própria emissora em Nova York fez com que a polícia fosse chamada e o prédio onde ficam os estúdios da rede na cidade, o Time Warner Center, fosse esvaziado. A polícia infomou, segundo a emissora, que foram usados fios e um pedaço de cano na elaboração desse dispositivo, que já foi retirado do local com segurança.
Para o prefeito de Nova York, Bill De Blasio, o envio do pacote tinha a intenção de “aterrorizar”. “Isso é claramente um ato de terror tentando minar nossa imprensa livre e líderes deste país através de atos de violência ”.
FONTE: G1.COM
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