A permanência insistente de Lúcio Mosquini na presidência estadual do MDB de Rondônia vem se configurando como um grave equívoco estratégico, cujos efeitos negativos se multiplicam tanto sobre sua própria imagem política quanto sobre o futuro da legenda que comanda. A seguir, analisamos os principais erros cometidos e suas implicações:
1. Apego Excessivo ao Poder Interno
Ao resistir em promover uma renovação nas estruturas do MDB-RO, Mosquini transmite à sociedade e às bases partidárias a imagem de um líder que prioriza o controle pessoal em detrimento da vitalidade democrática interna. A ausência de oxigenação nos quadros dirigentes mina a credibilidade do partido entre eleitores que buscam novas lideranças e projetos de modernização política.
Implicação:
Fortalece a percepção de que Mosquini representa um MDB estagnado, afastado das necessidades de renovação que os novos tempos exigem.
2. Gestão Partidária Focada em Interesses Próprios
Ao postergar mudanças com o claro objetivo de manter o comando sobre recursos partidários e decisões estratégicas durante a janela de transferências, Mosquini coloca seu projeto pessoal acima dos interesses coletivos do partido.
Implicação:
Essa postura evidencia um pragmatismo excessivo e gera forte desgaste de imagem, alimentando narrativas de oportunismo e enfraquecendo sua autoridade moral perante aliados e adversários.
3. Incapacidade de Construir Lideranças
A política moderna exige líderes capazes de formar sucessores e fomentar novos quadros. Mosquini, ao contrário, bloqueia o crescimento de novas lideranças dentro do MDB-RO, criando um vácuo de renovação que enfraquece o partido nas bases e compromete sua competitividade eleitoral.
Implicação:
É visto como um dirigente que teme ser superado pelas gerações mais jovens, enfraquecendo a perspectiva de futuro tanto do partido quanto de sua própria carreira.
4. Isolamento Progressivo
Com o passar do tempo, Mosquini vem se isolando politicamente. Sua condução centralizadora afasta lideranças tradicionais, novas lideranças e grupos de interesse que historicamente se alinharam ao MDB.
Implicação:
Esse isolamento reduz seu capital político, seu poder de articulação e sua capacidade de influenciar alianças ou composições futuras — elementos fundamentais para qualquer projeto político sustentável.
5. Impacto Negativo em Sua Própria Reputação Pública
A insistência em permanecer no comando em meio a crescente insatisfação interna faz de Mosquini um símbolo de um MDB que não dialoga com a sociedade e não se adapta. Em tempos de comunicação instantânea e alto grau de julgamento público, essa imagem negativa se dissemina com rapidez.
Implicação:
Além de prejudicar o MDB-RO, Lúcio Mosquini compromete sua própria marca como político, diminuindo suas chances em futuras disputas eleitorais e enfraquecendo sua capacidade de ocupar espaços políticos de relevância.
Conclusão: A Urgência de uma Saída Honrosa
Para evitar um desfecho ainda mais desgastante, seria prudente que Lúcio Mosquini avaliasse a possibilidade de uma retirada honrosa da presidência do MDB-RO, contribuindo para a renovação partidária que hoje se impõe como inadiável. A história recente mostra que líderes que sabem o momento certo de sair preservam não apenas seu legado, mas também mantêm abertas as portas para novos projetos e protagonismos futuros.
Persistir no erro, ao contrário, poderá selar a decadência não apenas do MDB de Rondônia, mas da própria trajetória política de Lúcio Mosquini.
Da Redação Folha
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