Por gestão temerária do fundo FIP GEP, procuradores pedem reparação econômica e moral de R$ 1,3 bilhão para as vítimas
A força-tarefa da Operação Greenfield, em Brasília, denunciou 34 pessoas por operações ilegais no fundo de investimento em participações Global Equity Properties (FIP GEP), que teriam, de acordo com os procuradores, causado prejuízos ao fundo e a seus cotistas, entre 2009 e 2014. Foram denunciados gestores do fundo e ex-executivos dos fundos de previdência complementar Funcef, Petros e Previ, que devem responder por gestão temerária.
O MPF pede a reparação econômica e moral das vítimas, no total de R$ 1,3 bilhão, o equivalente ao triplo dos aportes feitos pelos fundos de previdência complementar (R$ 456 milhões, em valores atualizados pela Selic de abril de 2014 a janeiro de 2019).
Os gestores do FIP vão responder ainda por desvio de recursos. Marco Antônio Pinheiro, diretor-executivo do FIP GEP, responderá por falsificação de quatro laudos de avaliação que teriam induzido o comitê de investimentos do FIP a erro.
O FIP GEP foi criado em 2008 para aplicar recursos em empreendimentos imobiliários comerciais ou residenciais, e era gerido pela Global Equity Administradora de Recursos S.A, cujos acionistas à época de sua criação eram Marco Antônio Pinheiro e Patrícia Araújo Branco.
Segundo o MPF, as aplicações dos recursos do FIP eram feitas por meio de sociedades de propósito específico (SPEs), uma a cada projeto. Mas a maioria nunca saiu do papel.
FONTE: ÉPOCA
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