Segundo a investigação, clubes davam ingressos até mesmo para torcidas organizadas proibidas de entrar nos estádios por atos violentos. Presidente da torcida Raça Fla também foi preso.
O Ministério Público do Rio e a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil detalham, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (11), a operação que resultou na prisão de Artur Mahmoud, assessor da presidência do Fluminense. Outros três foram presos e há três foragidos.
A Operação Limpidus investiga repasses de ingressos de partidas de futebol para torcidas organizadas — até mesmo para as que estão proibidas de entrar nos estádios. Mahmoud é apontado como braço-direito do presidente, Pedro Abad, que prestou esclarecimentos na delegacia na semana passada.
“A investigação continua, todas as pessoas citadas e chamadas na primeira fase da operação podem ser chamadas, denunciadas ou com a prisão temporária decretada”, explicou o promotor Marcos Kac, do Grupo de Atuação Especializada em Estádios (Gaedest) do Ministério Público.
No total, foram 14 mandados de prisão. Cinco deles já estavam presos. Foram detidos ainda o presidente da torcida organizada Raça Fla, Alesson Galvão de Souza, e dois da empresa Imply, responsável pela confeção de ingressos do clube rubro-negro: Monique Patricio dos Santos Gomes e Leandro Schilling.
O G1 pediu um posicionamento do Fluminense sobre a operação mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
O desvio de ingressos de meia entrada para jogos do Campeonato Brasileiro, Libertadores e Copa Sul Americana também será investigado: muitos dos bilhetes apreendidos na primeira fase possuíam o benefício.
“São dois crimes. O primeiro seria facilitação ao cambismo e o segundo seria estelionato, fornecer ingressos de meia entrada a quem não é merecedor desse benefício”, explicou Marcos Kac.
Na semana passada, três integrantes de torcidas organizadas do Fluminense foram presos. Eles são acusados de receber ingressos da diretoria do clube e revendê-los a cambistas. Dirigentes e membros de torcidas do Vasco, Fluminense, Botafogo e Flamengo também foram conduzidos coercitivamente (quando alguém é levado para depor).
FONTE: G1.COM
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