GENEBRA (Reuters) – O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) criticou o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira, por reduzir os poderes da procuradora-geral do país, e o exortou a respeitar o Estado de direito e a liberdade de reuniões de pessoas.
Autoridades do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) lançaram uma série de ataques à procuradora-geral, Luisa Ortega, que vão de acusações de insanidade à promoção da violência, desde seu rompimento com o governo.
“A decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), em 28 de junho, de iniciar procedimentos de afastamento contra a procuradora-geral, congelar seus bens e impedi-la de deixar o país é profundamente preocupante, assim como a violência em curso no país”, disse o porta-voz de direitos humanos da ONU, Rupert Colville, durante entrevista em Genebra.
“Existem cada vez mais relatos de que as forças de segurança fizeram operações em edifícios residenciais, realizaram buscas sem mandados e detiveram pessoas, supostamente com a intenção de impedir pessoas de participarem das manifestações e procurar apoiadores da oposição”, disse.
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