Edital exclui todas as empresas locais, favorecendo apenas as de fora do Estado
Decisão
No último dia 7 a justiça federal concedeu liminar obrigando município, Estado e União a retirarem e colocar em local apropriado, a escavadeira New Bucyrus, que apodrece soterrada em um barranco na beira do rio Madeira em Porto Velho. O juiz federal Dimis da Costa Braga acatou pedido do acadêmico de arqueologia da Unir, Manuel Coelho, que descobriu o equipamento ainda em 2013. Um dos argumentos usados pelo município para não ter feito a retirada foi que deveria ser feito primeiro a demolição do Café Madeira (antigo Mirante I). O prédio, que está interditado, ameaça não apenas a Bucyrus, como toda a vizinhança.
Sábia decisão
O juiz federal argumentou em sua decisão que não se pode esperar que o embróglio entre o Café Madeira e a prefeitura seja resolvido na justiça para que a Bucyrus seja removida. Na decisão, o magistrado concedeu prazo de 90 dias para a escavadeira seja retirada e colocada em local adequado e destacou que o Café Madeira poderá ser beneficiado, já que a retirada do equipamento vai forçar uma solução. Está certo o juiz. Porto Velho sempre priorizou o patrimônio particular ao histórico, e como resultado tivemos o sucateamento, dilapidação e perda de grande parte de nosso acervo.
Em outros lugares
Sequer poderia ser cogitado fazer qualquer obra no entorno ou proximidades desses espaços. Já perdemos o cemitério da Candelária, perdemos a própria ferrovia, que poderia ser uma fonte de recursos salvadora, caso funcionasse. A própria viagem de trem, com pousadas ao longo do percurso e visitações a sítios arqueológicos. Mas infelizmente nos restaram poucas sucatas, então vamos cuidar antes que percamos também.
Enquanto isso
O Tribunal de Justiça de Rondônia manteve condenação do ex-governador de Rondônia João Cahúlla, por ter usado, quando era vice-governador, carros oficiais para pescar no rio Guaporé. O caso aconteceu em 18 de setembro de 2008 na linha 95, em São Francisco do Guaporé, na companhia de amigos em uma Hilux que bateu em um ônibus que vinha em sentido contrário. Três pessoas morreram no acidente, entre elas o advogado do então governador Ivo Cassol, França Guedes.
Cahúlla
Foi condenado pela juiza Inês Moreira da Costa, da 1ª Vara da Fazenda Pública ao ressarcimento integral do dano (pagar o valor do carro) corrigido monetariamente da data do evento, mais juros de 1% ao mês a partir de sua citação, além da perda de função pública e suspensão dos direitos políticos por um período de 8 anos. O episódio na época, revelou o uso indiscriminado de veículos oficiais por pessoas do primeiro escalão.
Falando em era Cassol/Cahúlla
As obras de saneamento de Porto Velho eram para estar com mais de 80% concluídas, se não tivessem sido embargadas. Na época, o governo Cassol lançou edital na praça e com valor de R$ 600 milhões em apenas uma obra, ao invés de fazer vários lotes, abrindo dessa forma oportunidade para empresas menores e evitando que uma eventual paralisação (como aconteceu), prejudicasse todos os trabalhos.
Agora
Confúcio Moura quer fazer a mesma coisa e com isso teremos dois problemas. O primeiro é que, caso a obra seja paralisada, ficaremos com a cidade toda esburacada (ainda mais) e as empresas locais ficam alijadas do processo. Atualmente, cerca de 15 empresas rondonienses estão aptas a trabalhar nessas obras, gerando emprego e fazendo o dinheiro circular na cidade. O problema é que nenhuma delas possui o capital que está sendo exigido no edital, ou seja, apenas empresas de fora vão poder participar.
O articulista
Robson Oliveira falou sobre o assunto dia desses, esclarecendo que apenas as empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato tem condições de atender as exigências. Isso não é inteligente. Esse volume de trabalho e dinheiro pode ser uma importante fonte de recursos para Porto Velho, que vem atravessando uma grave crise financeira. O mesmo governo Confúcio fez diversas obras em lotes e curiosamente venceram as empresas recém-formadas ou amigas do rei. Exemplo maior foi o tal Consórcio Santa Cruz, responsável pelas obras do Espaço Alternativo, formado por empresas de Ouro Preto do Oeste. Como essas empresas estão inviabilizadas, acho que eles pensaram mais ou menos assim, “se os nossos não podem, então vamos amarrar por cima”. Voltaremos ao tema.
Falando em crise
Nesta segunda-feira empresários do setor hoteleiro estiveram reunidos com o prefeito Mauro Nazif para tentar achar uma solução para a crise que o setor atravessa. Vários hotéis fecharam as portas na capital, alguns pela crise, outros por problemas internos. O grave, porém, é que ainda não conseguiram vislumbrar uma solução para resolver o problema.
Quem pagou?
Passagens, hospedagens e despesas da comitiva que seguiu para São Paulo (incluindo o secretário de estado da Saúde Williamens Pimentel) para uma tarde televisiva falando sobre o parto da mulher realizado em um avião de resgate do governo? Espero, sinceramente, que não tenha sido o sofrido e combalido erário.
Até porque
O governo andou cortando salário de gente que trabalha e se dedica sem nenhuma explicação convincente. Mas mantém fantasmas em sua folha e faz de conta que nada acontece. Realmente, por aqui tá tudo errado. Enquanto isso, Guajará-Mirim continua afundada na falta de estrutura. O que será que vão fazer agora, alugar um Boeing para ficar buscando pacientes? Há, não dá. Não tem pista de pouso.
Tic-tac
Dia de acordar cedo. Tem gente, tô sabendo, vai dormir em hotel para evitar surpresas em casa.
“Não sabia de nada”
Essa é a versão dada pelo prefeito de Cacoal Padre Franco (PT) aos escandalosos atos de corrupção de sua chefe de gabinete, Maria Ivani Araújo, presa na última sexta-feira na Operação Detalhe. Mas o padre sabia sim, tanto sabia que ele esteve no escritório de PAINEL POLÍTICO dois dias após publicarmos trechos das gravações que haviam sido feitas na casa de Ivani. O padre, na ocasião, não se preocupou com o conteúdo das gravações, mas queria saber a qualquer custo quem havia passado os áudios.
Ele também
Alegou que as gravações “eram clandestinas” portanto não teriam valor em um tribunal. Na ocasião disse a ele que ele deveria se preocupar com as denúncias e não com a origem do material. Ele ignorou e preferiu mover uma ação, com pedido de liminar para que as matérias fossem retiradas do ar. A justiça negou e o resto da história vocês já sabem.
Para contatos
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Inimigo dos dentes; vinho branco pode ser pior que tinto
Os ácidos presentes nos vinhos têm a capacidade de “arranhar” o esmalte dental, o que permite que sua estrutura seja mais facilmente agredida por outros alimentos, como os açucarados e os pigmentados. Mas, apesar de o vinho tinto trazer a combinação da acidez e do corante, é o branco que prejudica mais os dentes. O vinho branco é mais ácido e tem um maior impacto sobre o esmalte dos dentes. Essa acidez excessiva facilita que alimentos pigmentados como o próprio vinho tinto, café, chá, beterraba, tomate, chocolate, entre outros, manchem ainda mais a estrutura dental. Por isso, a combinação dos dois vinhos pode ser ainda mais agressiva aos dentes. Mas isso não quer dizer que você deve parar de tomar vinhos. Para que os efeitos nocivos aos dentes sejam amenizados existem alguns truques que podem ajudar. Para começar, é fundamental que a higienização bucal diária esteja em ordem. Antes – Escove os dentes uma hora antes de beber vinho; Durante – Sempre consuma água junto com o vinho. Melhor ainda se for água com gás, pois a carbonatação vai ajudar a proteger os dentes ainda mais; Depois – Mesmo que a saliva esteja um pouco tingida pelo vinho, não escove os dentes logo depois de bebê-lo.
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