Foram cumpridos ainda nove mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro
A PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente na manhã desta quinta-feira (1º) um empresário acusado de pagar pelo menos R$ 12,5 milhões em propina a agentes públicos em um esquema criminoso de desvio de recursos destinados ao fornecimento de merenda escolar e alimentação de presos no Estado do Rio de Janeiro, em novo desdobramento das investigações da operação Lava Jato.O empresário Marco Antônio de Lucca foi preso em um apartamento de frente para a praia em Ipanema. Ele será indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A operação é feita em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. O objetivo da ação são as empresas Mazan e Milano, que pertencem ao mesmo grupo familiar. Elas forneciam também alimentação para hospitais públicos do estado e para o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) durante os Jogos Olímpicos do ano passado. Nos últimos dez anos, as duas empresas tiveram contratos superiores a R$ 700 milhões com o governo do Rio de Janeiro.
Os policiais federais cumprem ainda nove mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, 7ª Vara Federal Criminal do Rio, na Barra da Tijuca, em Ipanema e no Leblon, além das cidades de Mangaratiba e Duque de Caxias.
Segundo a PF, o nome do prato típico da culinária francesa escolhido para a operação faz referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris no qual estavam presentes diversas autoridades públicas do Estado do Rio e empresários que possuíam negócios com o Estado.
Desdobramentos das investigações da operação Lava Jato revelaram enorme esquema de corrupção no governo do Rio de Janeiro sob gestão do ex-governador Sérgio Cabral (2007 a 2014), que está preso desde novembro do ano passado acusado de receber milhões em propina no Brasil e no exterior.
Fonte: R7
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