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NOTA DE REPÚDIO SINPROF/RO: Prefeito de Vilhena tenta jogar comunidade contra os professores

O Sindicato dos Professores no Estado de Rondônia (SINPROF-RO) vem a público manifestar seu repúdio às falas do prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro de Miranda Junior (Podemos), que na última sexta-feira (2/2), em entrevista a uma rádio, tentou colocar a população vilhenense contra a categoria dos Professores da Rede Municipal de Ensino.

Na mesma data, em que todos os servidores públicos do município, acabavam de sofrer perda de direitos com a Reforma da Previdência, enviada pelo Prefeito e aprovada por maioria dos vereadores, seus aliados políticos, o prefeito Flori comemorou a aprovação do projeto de Lei 418, que atinge negativamente as regras da aposentadoria dos professores, e para se justificar alegou a necessidade de recursos para investimentos.

Em suas declarações incorretas e inoportunas, Flori tenta jogar a culpa do seu despreparo e incapacidade administrativa em promover melhorias para as escolas e o atendimento aos alunos, à luta dos Profissionais do Magistério pela valorização, especialmente no que se refere ao reajuste anual do piso do Magistério, previsto em lei federal e no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria.

“A discussão sobre a educação na cidade de Vilhena covardemente nunca foi feita para melhorar a vida das crianças, pois fica só em falar em salários”, alegou o prefeito.

Para o SINPROF-RO, essas palavras do prefeito são condenáveis, pois, tentam claramente criminalizar a categoria dos professores pela falta de gestão com os recursos destinados à educação, pois, a própria lei determina – e assegura – que 70% é para valorização profissional (remuneração/salário) e 30% para investimentos e manutenção das escolas.

Portanto, a falta de vagas para crianças nas creches e a não realização de concurso público para contratação de mais professores é de incompetência e ingerência administrativa dos recursos que, inclusive, chegam aos cofres do município com complemento, quando necessário, pelo Governo Gederal.

Ou seja, Flori tenta levar à população a imagem de que os professores só pensam em reajuste salarial todos os anos, e que não estariam nem um pouco preocupados com as escolas e atendimento ao público, principalmente às famílias mais carentes daquele município, o que na verdade é a função do prefeito, que foi eleito para trabalhar e gerenciar os problemas, e não terceirizar a culpa.

O prefeito, ao falar neste tom desrespeitador, parece esquecer da existência do FUNDEB, mecanismo de redistribuição de recursos para valorizar os professores, 70% do valor; os demais 30% são destinados a desenvolver e manter funcionando todas as etapas da Educação Básica – desde creches, Pré-escola, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio até a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O FUNDEB ajuda os sistemas de ensino a se organizarem melhor no que diz respeito ao atendimento escolar de toda a Educação Básica. O fundo dá segurança financeira aos Municípios e Estados brasileiros para expandirem seu número de matrículas e os orienta no cumprimento de suas responsabilidades com a Educação.

QUEM É FLORI CORDEIRO

Integrante das fileiras da Polícia Federal, servidor público de carreira, assim, como os Professores Municipais, Flori foi eleito em eleição suplementar após a cassação do mandato do então prefeito eleito, Eduardo Japonês, por abuso de poder político.

Em 2023 o prefeito alegou que “não precisa de deputado federal, de senador, de nada, porque a cidade arrecada cerca de R$ 500 milhões de reais por ano”. O problema é que ele se contradiz ao negar o reajuste do piso do Magistério aos professores como determina a lei federal e também, previsto no PCCS da categoria, com a justificativa de que não tem dinheiro para isso. Pagando apenas de forma complementar, congelando o salário e a carreira dos Professores.

A constante negativa do prefeito resultou em uma greve que durou 10 dias, tendo sido encerrada por determinação judicial, que mandou 80% do efetivo grevista voltar à sala de aula. Mas os professores tentaram convencer os vereadores da cidade a abrirem uma CPI para averiguar as contas da prefeitura. Eles queriam saber como a cidade não tem dinheiro e o que está sendo feito com ele.

Portanto, não é de se estranhar esta conduta nada indecorosa e vingativa do prefeito, que além de faltar com sua palavra às pessoas que o elegeram – principalmente os professores, que acreditaram que ele seria diferente do prefeito que fora cassado – nitidamente mostra toda sua revolta e desdém com a categoria.

Flori, você, sem professor, não seria delegado e não estaria hoje na cadeira de prefeito.

Porto Velho, 3 de fevereiro de 2024

A DIREÇÃO

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