O ex-presidente Lula chegou em Rio Branco, capital do Acre, na noite do último domingo. Foi recepcionado por meia dúzia de gatos pingados da “Juventude Petista” que gritavam “o papai chegou” e se trancou em um hotel com o governador do estado, Tião Viana. Na segunda-feira pela manhã seguiu para Brasiléia onde participou da inauguração do frigorífico Dom Porquito. Era a grande a expectativa por parte da imprensa local (grande parte domesticada) para entrevistar o ex-presidente, mas ele se recusou. Segundo informou o AC24Horas, “quando o petista chegou ao local da inauguração, a assessoria de comunicação do governador Sebastiao Viana (PT) orientou os jornalistas a seguirem para o local reservado para entrevista coletiva, mas o próprio governador informou que Lula só falaria ao final da cerimonia. Depois do encerramento, o ex-presidente se dirigiu ao comboio de caminhonetes e mais uma vez deu bolo nos repórteres”.
Fez um discurso populista onde acabou com o ideal preservacionista de “florestania”, tão defendido pelos irmãos Viana, afirmando que “jovem não gosta de mato” e que o “estado precisa desenvolver”. E falou sobre a crise econômica, que segundo ele, não é “culpa da Dilma” e sim de de todos os brasileiros. “Se o país tem problema, o problema não é da Dilma não, o problema é de 210 milhões de brasileiros que têm que ajudar a salvar este país. É muito cômodo ficar xingando a Dilma, sem saber qual é o papel que eu tenho que fazer. Você diz que político não presta, quando você achar que ninguém presta ao invés de desanimar, entre você na política”, declarou o ex-presidente.
Durante todo o discurso, Lula exaltou sua passagem pela presidência e rasgou elogios aos irmãos Viana (Jorge e Tião, senador e governador, respectivamente). Culpou a oposição acriana pelas mazelas, e ignorou o abandono e falta de investimentos do governo federal na manutenção das rodovias do Acre. Em suma, Lula foi ao Acre ser Lula, falou, falou, falou, e não disse nada.
Fonte: PainelPolitico
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