Cidades

Nível do Madeira chega a 19,19 m e estrada de ferro é interditada, em RO

Defesa Civil alerta para segurança e risco de doenças por água contaminada.
Marinha fiscalizará embarcações; isolamento deve ser concluído até sexta.

Duzentos metros da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) serão interditados até a próxima sexta-feira (20), em Porto Velho. Tapumes isolarão os barracões e as peças tombadas como patrimônio histórico e cultural, que estão submersos pela cheia do Rio Madeira.  A preocupação maior das autoridades é com a contração de doenças tropicais e o risco de afogamento de crianças, que se arriscam para registrar a enchente em fotografias. O nível do Rio Madeira alcançou 19,19 metros nesta terça-feira (18),  de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), uma alta de 5 centímetros em 24 horas.

“Já não consideramos aquele local como ponto turístico neste momento. A interdição é por medida de segurança e prevenção a doenças”, informou o coronel Demargli Farias, do Corpo de Bombeiros.  A Polícia Militar fará rondas de hora em hora, alertando sobre o perigo. Os turistas e populares residentes na capital só poderão registrar a enchentes, por fotos e vídeo, de uma distância estimada em 30 metros desde a margem do rio.

RO Rio Madeira (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Poluição traz riscos de doenças
(Foto: Ivanete Damasceno/G1)

Segundo a Defesa Civil, a Marinha do Brasil já foi acionada para controlar o tráfego de embarcações no porto. “Certamente, aqueles que não possuírem autorização serão autuados”, afirmou o coronel.  Segundo ele, “nem toda a rede elétrica foi desativada, aumentando o risco”.

Por meio de sua assessoria, a Eletrobras Distribuição Rondônia informou que recebeu o comunicado da Defesa Civil sobre a situação e que as devidas providências estão sendo tomadas.

A poluição, de tão intensa, ameaça humanos, causa danos ambientais e está matando várias espécies de peixes. Os alevinos aparecem mortos e chamam a atenção de populares. “Eu costumava pescar aqui. O cenário é de um desastre lamentável”, disse Aurélio Peçanha, desempregado.

A gari Marilda Regina, de 57 anos, disse trabalhar numa distância segura. “Todo dia aparece uma cobra por aqui”, afirma.

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