Segundo a família, médico do Hospital Adão Pereira Nunes alegou frescura
RIO — Uma mulher de 35 anos morreu na última segunda-feira, após passar mal e buscar atendimento no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A técnica em enfermagem Elizangela Medeiros Gonçalves trabalhava na própria unidade. Ela reclamava de falta de ar e dores no peito. Foi levada pelo marido à unidade de saúde na madrugada do dia 29 de outubro, dia de sua folga, por volta de 05h30m. Segundo a família, o médico de plantão alegou que ela estava de frescura e não permitiu que outros funcionários a ajudassem. Ainda de acordo com a família, Elizangela recebeu atendimento apenas às 07h30m, feito por outro médico, que lhe deu alta. Em áudio enviado pelo Whats App, a técnica em enfermagem reclamou do descaso com o qual foi atendida. Três dias após a gravação, ela morreu.
Familiares da técnica de enfermagem relataram ainda que ela não conseguia andar, mesmo após ter sido liberada da unidade. Na última segunda-feira, ela foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Mesquita após passar mal novamente e morreu. O atestado de óbito alega como causa indeterminada a morte de Elizangela.
A presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Rio, Mírian Andrade, disse que vai encaminhar ofício, pedindo apuração do que ocorreu para o Ministério Público, Secretaria estadual de Saúde e Cremerj. Segundo ela, este caso não pode ficar sem investigação.
– Ela (Elizangela) era uma profissional de saúde, mas também usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) e, por isso, deveria ter o atendimento adequado. A queixa de não atendimento a funcionários das unidades de saúde é recorrente – disse Mírian, que vai se encontrar com a família e também colocou o sindicato à disposição.
Em nota, o hospital informou que abriu inquérito para apurar o caso e garantiu que Elizangela foi prontamente atendida.
Fonte: oglobo
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