Ricardo Nunes está no centro de uma investigação por sonegação de R$ 400 milhões; ele pode responder por apropriação indébita tributária
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou à Justiça o empresário Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro, por crime de apropriação indébita tributária. E
Ele e um outro administrador são acusados de terem se apropriado de R$ 14 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O tributo estadual foi cobrado nos produtos vendidos aos consumidores, mas não foi repassado ao Governo de Minas Gerais.
O grupo é investigado por sonegação de cerca de R$ 400 milhões em ICMS e Ricardo Nunes chegou a ser preso em julho deste ano. As irregularidades duraram 5 anos, entre 2012 e 2017.
A denúncia do MP é fruto da operação Direto com o Dono, feita por uma força-tarefa integrada pela Polícia Civil, Ministério Público, Secretaria de Estado de Fazenda e Advocacia-Geral do Estado.
Após o grupo responsável pela Ricardo Eletro apresentou um pedido de recuperação judicial e fechou suas lojas físicas.
Agora, as investigações continuam sobre crimes de sonegação fiscal durante os anos de 2017 a 2019, que podem chegar a R$ 80 milhões neste período. Também são investigadas as práticas de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Investigação
De acordo com o MP, Ricardo Nunes teria sido o causador das dívidas que provocaram a falência do grupo, já que transferia para si e seus parentes os licros obtidos com a sonegação fiscal.
Somente no nome das empresas que tinham a mãe e a filha dele como proprietárias foram sequestrados pela Justiça imóveis avaliados em R$ 60 milhões.
Pena
Se condenados, os denunciados podem pegar até três anos de prisão, em regime semi-aberto. Os R$ 60 milhões sequestrados pela Justiça podem ser utilizados para ressarcimento ao erário.
FONTE: R7.COM
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