Democrata comandou o país de 1977 a 1981 e foi vencedor do Nobel da Paz em 2002; ele estava sob cuidados paliativos desde 2023
O ex-presidente dos Estados Unidos James Earl Carter Jr, mais conhecido como Jimmy Carter, morreu neste domingo (29), aos 100 anos. O democrata comandou o país de 1977 a 1981 e foi vencedor do Nobel da Paz em 2002. Ele foi o mais longevo ex-presidente dos EUA da história e estava sob cuidados paliativos desde fevereiro de 2023.
O ex-presidente dos Estados Unidos James Earl Carter Jr, mais conhecido como Jimmy Carter, morreu neste domingo (29), aos 100 anos. O democrata comandou o país de 1977 a 1981 e foi vencedor do Nobel da Paz em 2002. Ele foi o mais longevo ex-presidente dos EUA da história e estava sob cuidados paliativos desde fevereiro de 2023.
Trajetória
Nascido e criado na Geórgia por uma tradicional família fazendeira, Carter foi governador e senador, por dois mandatos, de seu estado. Depois dos cargos, foi eleito para a Casa Branca pelo Partido Democrata, em 1976. Antes de ingressar na política, cuidou da fazenda da família, dedicada à plantação de amendoins, e foi oficial da Marinha mercante.
Apesar da trajetória, o ex-presidente não era visto como parte da política e era considerado um “outsider”, pela falta de ligações e contatos em Washington. A campanha vitoriosa de 1976 surpreendeu os próprios democratas.
O contexto da eleição se mostrou favorável à eleição de Carter. No início da década de 1970, os Estados Unidos foram tomados pelo escândalo de Watergate — série de vazamentos relacionados à corrupção que levaram à renúncia do então presidente Richard Nixon, do Partido Republicano.
Essas circunstâncias geraram descrédito da política entre a população norte-americana. Soma-se ao episódio envolvendo os republicanos o fim da guerra do Vietnã, cuja retirada das tropas foi um processo traumático para país, o que aumentou o desgaste na sociedade.
Ativismo
Após deixar a Casa Branca, Carter focou a atuação em trabalhos voluntários, como a construção de casas populares, e manteve a voz simbólica dentro do Partido Democrata. Foi reconhecido pela atuação em defesa dos direitos humanos e, com a esposa, Rosalynn, fundou o The Carter Center, que promove a democracia, a paz e a saúde em todo o mundo.
Em reconhecimento a esses esforços, Carter recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002. Na época, o comitê da premiação destacou os “esforços infatigáveis em prol de uma solução pacífica dos conflitos internacionais, da democracia, dos direitos humanos e do desenvolvimento econômico e social”.
Em 2019, à época com 95 anos, chegou a defender uma “idade limite” para a candidatura à Presidência dos Estados Unidos.
“Mesmo que eu tivesse apenas 80 anos — fosse 15 anos mais jovem —, não acredito que poderia assumir os deveres que assumi quando fui presidente. Você precisa ser muito flexível, capaz de mudar de um assunto para outro, concentrar-se adequadamente em cada um deles e depois reuni-los de maneira abrangente. Eu tenho tido dificuldades para andar — então penso que já passou o tempo de me envolver ativamente na política, ainda mais em uma corrida à presidência”, declarou.
FONTE: R7.COM
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