Público-alvo é qualquer indivíduo, com ou sem sintomas da doença e independentemente de seu estado vacinal ou idade
O Ministério da Saúde enviou nesta quinta-feira (13) uma solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para autorização do uso de autoteste para Covid-19.
O público-alvo é qualquer indivíduo, sintomático ou assintomático, independentemente de seu estado vacinal ou idade, que tenha interesse em realizar a autotestagem.
Caso o resultado seja positivo, a pasta orienta que o farmacêutico que comercialize o teste recomende o isolamento imediatamente e a avaliação das pessoas que habitam junto do infectado para que elas também sejam testadas ou isoladas.
A pessoa ainda deve procurar uma unidade de Saúde para que um profissional realize a confirmação do diagnóstico, faça a notificação às autoridades e receba as orientações necessárias.
Para o ministério, autoteste é importante para “a prevenção de novas infecções e que a prevenção por vacina e medidas não-farmacológicas sejam devidamente recomendadas.”
De acordo com as regras vigentes da Anvisa, o registro de autoteste de doenças infectocontagiosas de notificação compulsória, como a Covid-19, só podem ser feitos caso haja uma política de saúde pública e estratégia de ação estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Atualmente, são permitidos no país autotestes de diabetes, de HIV e de gravidez.
A agência explica que a utilização de autotestes como medida de saúde pública deve considerar diversos aspectos, incluindo a orientação quanto ao uso dos exames pela população, medidas de segurança, a observação de limitações, advertências, cuidados quanto ao armazenamento, condições ambientais do local que será utilizado e intervalo de leitura.
“Deve-se levar em consideração também o impacto relacionado a possíveis erros de execução de ensaios, que, além de repercutir na qualidade de vida dos usuários, podem afetar os programas de saúde pública”, informou a Anvisa em nota.
Em nota enviada à CNN nesta sexta-feira (14), a Anvisa informou que ainda não recebeu o pedido do Ministério da Saúde.
“Todos os sistemas da Anvisa foram checados e não registram a chegada do documento. A possibilidade de envio por e-mail também está sendo verificada e até o momento não foi encontrada mensagem do Ministério da Saúde com o referido anexo.”
“Vale ressaltar que todas as trocas de informações e ofícios entre Anvisa e MS são feitas pelo sistema oficial de envio de documentos , o SEI. A Agência está pronta para analisar a proposta do Ministério da Saúde , mas para isso precisa tomar ciência do conteúdo de forma oficial, pelos meios corretos de troca de informações”, completa a nota.
FONTE: CNN BRASIL
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