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MEC premiará escolas e professores para combater defasagem na alfabetização

Educadores criticam modelo que não ajude os que têm pior desempenho e veem desafio na capacidade de transferir verbas

Ministério da Educação (MEC) lançou nesta semana uma política de alfabetização das crianças de seis e sete anos que dará prêmios para as melhores escolas, gestores e professores. O governo também vai criar uma avaliação só para medir a alfabetização.

Provas constantes e dinheiro para as melhores práticas são parte importante do programa de alfabetização do Ceará, Estado que foi governado pelo atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e que se tornou referência de ensino sobre leitura e escrita no país.

Educadores mais à esquerda, no entanto, criticam um modelo de bônus que valorize as melhores escolas e não ajude as que têm pior desempenho.

O governo federal não deixou claro que tipo de prêmio será oferecido e se ele será em dinheiro ou não.

Camilo mencionou durante o anúncio do programa que está sendo “construída com a Unesco” uma premiação nacional. O lançamento do programa também teve a participação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Avaliações feitas em 2021 mostram que 56,4% das crianças de sete anos no Brasil não estavam alfabetizadas. O país também ficou entre as últimas colocações no PIRLS, exame internacional que avalia a leitura de crianças do qaurto ano.

A pandemia ainda agravou as lacunas de alfabetização entre alunos mais velhos e um dos grande problemas hoje são estudantes até de quinto e sexto ano (10 e 11 anos de idade) que não sabem ler e escrever plenamente.

Especialistas ouvidos pela reportagem elogiam o modelo de colaboração entre União, Estados e municípios, mas veem desafios como a capacidade de transferir verbas.

Em 2012, na gestão Dilma Rousseff (PT), o governo federal lançou outro programa inspirado no modelo cearense, mas não teve o mesmo êxito do Estado nordestino nos anos seguintes após problemas na implementação e continuidade das ações.

“Queremos garantir que 100% das crianças brasileiras sejam alfabetizadas ao fim do segundo ano do fundamental. E também a recomposição da aprendizagem das crianças impactadas pelas pandemia”, disse o ministro.

FONTE: AGÊNCIA ESTADO –  ESTADÃO CONTEÚDO

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