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MEC abre inscrições para o Fies hoje

Fundo de Financiamento Estudantil concede empréstimos a alunos de faculdades particulares que tenham renda familiar de até cinco salários-mínimos e nota mínima de 450 no Enem

O Fundo de Financiamento Estudantil ( Fies ), programa do Ministério da Educação (MEC) que concede financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, inicia suas inscrições nesta terça-feira, por meio do sitefies.mec.gov.br . O prazo para se candidatar vai até 1º de julho.

O fundo tem duas modalidades, com uma escala de financiamentos que varia conforme a renda familiar do candidato , indo de 50% a 99% do valor total do curso.

Na primeira modalidade, pode se inscrever quem tiver renda familiar mensal per capita de até três salários-mínimos (ou seja, de até R$ 2.994, somando todos os salários da casa). A segunda modalidade, denominada P-Fies, é destinada aos estudantes com renda per capita mensal familiar de até cinco salários-mínimos (R$ 4.990).

Para cumprir os requisitos do programa, o candidato deve ter obtido no mínimo 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) e não pode ter zerado a redação. A ordem de classificação no Fies segue a das notas no Enem .

Quem for selecionado fará o contrato entre os dias 10 e 12 de julho. Já a chamada da lista de espera está programada para o período de 15 de junho a 23 de agosto.

Vagas sobrando

Das 100 mil vagas de faculdade  ofertadas por meio do Fies para o primeiro semestre deste ano, apenas 38,7% foram preenchidas, segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da  Educação (FNDE).

Foi a pior taxa de ocupação desde 2016, quando o programa passou a ter quantidade definida de vagas disponibilizadas.

Diretor-executivo do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), Rodrigo Capelato afirma que o ano de 2019 registra a taxa mais baixa da série porque o patamar de financiamento garantido pelo governo no  Fies  , que vai de 50% a 99%, não atende aos estudantes.

— A maior parte dos alunos está reportando que consegue financiar só 50% da mensalidade, o que é insuficiente. Não é só a mensalidade, tem o material, o transporte, a alimentação. Então eles desistem, especialmente diante dessa crise econômica — diz Capelato.

 

FONTE: O GLOBO

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