Cerca de 204 mil migrantes chegaram à União Europeia (UE) este ano, atravessando o Mediterrâneo, e mais de 2.500 morreram, 880 delas na semana passada, anunciou hoje (31) a Organização das Nações Unidas (ONU).
O porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), William Splinder, disse, em entrevista em Genebra, que este ano é particularmente mortal. “Perderam-se 2.510 vidas” durante os cinco primeiros meses do ano, contra 1.855 no mesmo período do ano passado.
No total, 880 pessoas morreram na semana passada, no naufrágio de várias embarcações que tentavam chegar à Itália, informou o Acnur.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 1.000 pessoas morreram na última semana quando tentavam alcançar a costa europeia. A agência da ONU informa ter chegado a esse número depois de falar com os sobreviventes dos vários naufrágios registrados nessa rota migratória no período.
Dos 204 mil que chegaram à UE este ano, três quartos, especialmente sírios e afegãos, alcançaram a Grécia antes do fim de março. Desde então, as chegadas à Grécia diminuíram de forma significativa devido ao acordo entre Bruxelas e Ancara.
Em relação ao fluxo para a Itália, 46.714 migrantes foram registados desde janeiro, mais ou menos o mesmo número que em 2015, segundo o Acnur. A quase totalidade dos migrantes que chegam à Itália vem da África Subsaariana.
Spindler lembrou que “a rota entre o Norte da África e a Itália é consideravelmente mais perigosa” e que este ano já morreram 2.119 dos migrantes que tentavam fazer aquela viagem.
Fonte: EBC
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