Encontro convocado por Honduras, que exerce a presidência rotativa do bloco, vai debater deportações de imigrantes dos EUA; presidente brasileiro deve participar virtualmente
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou nesta terça-feira (28) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará virtualmente da reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Na quinta-feira (30), a Celac realizará uma reunião para discutir as deportações de imigrantes nos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump. O encontro foi convocado em “caráter urgente” por Honduras, que exerce a presidência rotativa do bloco, composto por 33 países da região.
“O Brasil é um dos criadores da Celac, não poderíamos deixar de estar presente. A participação pode ser também virtual, estamos definindo ainda. O presidente não irá”, disse o chanceler brasileiro.
Em comunicado emitido no último domingo (26), o governo hondurenho avisou aos integrantes do bloco que a agenda do encontro será focada em três pontos:
- migração
- meio ambiente
- unidade latino-americana e caribenha
O Brasil se retirou da Celac durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e retornou ao bloco em 2023, no primeiro ano do mandato de Lula.
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, informou que o Ministério foi autorizado a iniciar as tratativas para estabelecer um posto de atendimento humanitário no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, destino dos voos com brasileiros deportados dos EUA.
“Toda a nossa expectativa é que a gente possa trabalhar para garantir que famílias não venham separadas e que esses passageiros tenham boas condições de água, alimentação, e inclusive de temperatura”, disse a chefe da pasta.
Macaé informou que o governo também se preocupa com a inclusão dos repatriados no mercado de trabalho. “Nós, inclusive, já recebemos sinalizações de algumas empresas que têm interesse em dialogar conosco para poder pensar em mecanismos de inclusão produtiva e no mundo do trabalho para essas pessoas”.
A ministra reforçou que esse processo de acolhida precisa do apoio dos governos estaduais e municipais. “São cidadãos nossos que estão voltando para casa e acho que a gente precisa acolher da melhor forma possível”, completou.
FONTE: CNN BRASIL
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