Uma comissão de lideranças de Nova Mutum, organizadas pelo MAB (Movimentos dos Atingidos por Barragens), se reuniu com representantes do poder executivo municipal, do Ministério Publico Federal, representante da Presidência da Republica, do IBAMA, presidente da Câmara de Vereadores Jurandir Bengala, vereador Chico Lata, vereador Sid Orleans, e mais representantes do Consórcio ESBR (Energia Sustentável do Brasil) na tarde desta quinta feira nas dependências da Secretaria Municipal de Planejamento, para tratar sobre as 600 casas construídas pela Camargo correia, cessionária da ESBR, que agora se encontra em litígio, com uma liminar expedida pela justiça do estado de Rondônia, determinando a desocupação dos imóveis, que fora ocupadas pelas famílias de Mutum Paraná e região.
Na reunião, representando a comissão de moradores de Nova Mutum, o líder do MAB João Marcos, falou que as 600 casas, invadidas pelos moradores, deveriam ser doadas para o município, como uma forma de compensação social, e o poder executivo municipal de posse desses imóveis, adotaria critérios para que os mesmos fossem ocupados, observando vários aspectos de ocupação, Eliudo Costa também liderança do MAB, salientou que essa questão inclusive consta do termo de liberação da licença ambiental, quando da liberação da mesma pelo IBAMA, e citou vários acordos firmados entre o consorcio ESBR, e autoridades envolvidas no projeto, citou também que la foram construída 1.600 casas, e que as outras mil casas deveria ser adotado o mesmo critério.
Emir Flack, consultor técnico representante da ESBR, disse que sobre as 600 casas que era objeto da reunião, cuja construção foi efetuada pela Construtora Camargo Correia, não poderia falar nada, tendo em vista que a reintegração de posse, que foi concedida pelo judiciário estadual foi pleiteada pela própria construtora, e quem deveria se posicionar sobre essa questão seria os representantes da construtora, que estranhamente não enviaram nenhum representantes para a reunião, argumento prontamente combatido pelo representante do Ministério Publico Federal Promotor Dr. Rafael, que argumentou que como o ESBR é a responsável pelo conjunto total da construção do complexo hidrelétrico de Jirau, a ESBR sim, é também co-responsável, pela questão, tendo em vista que a construtora Camargo correia só construiu as casas em questão, por autorização da ESBR, detentora de concessão para a construção da Usina de Jirau.
Vereador Sid Orleans diz que Camargo Correia nunca, em nenhuma questão, sentou-se à mesa para dialogar
O Vereador Sid Orleans, lamentou profundamente a ausência do representante da Construtora Camargo Correia na Reunião, dizendo que desde 2008 quando começou o processo de construção das Usinas de Jirau, é testemunho vivo, da maneira irresponsável e debochada como a direção da Construtora trata questões de suma importância para a sociedade, se recusando a sentar nas mesas de negociação, fugindo do debate, e desrespeitando as autoridades de todos os poderes constituídos.
Disse, que no momento em que a defasagem habitacional que passa o município de Porto Velho, com a carência de quase trinta mil moradias, vem os dirigentes da Camargo Correia, juntamente com a ESBR, querer colocar entraves para a cedençia destas 1.600 casas no distrito de Mutum Paraná, para que ali sejam contemplado os moradores sem teto da região. O vereador indignado disse “Deveriam tomar vergonha na cara, e ceder essas casas para a municipalidade, pois é uma compensação social para a comunidade de mutum Paraná, que foi prejudicada pelo Consórcio construtor das Usinas de Jirau”.
Para Finalizar falou que o Prefeito Mauro Nazif, não deve ceder um milímetro sequer, nessa questão, e que pode contar com seu apoio e dos demais vereadores no poder legislativo Municipal.
O Prefeito Mauro Nazif, no final disse que entrou em contato com um dirigente da Construtora Camargo Correia em Brasília, pedindo um posicionamento oficial da Construtora sobre essas seiscentos casas, e foi informado que ate quarta feira (17.06.2015) seria dando uma posição oficial por parte da direção da Camargo Correia, sobre as outras mil casas, que fazem parte da vila, mandou um recado pro representante da ESBS “Não vendam nenhuma casa, não negocie, a administração Municipal esta atenta, temos o plano A, o plano B, e o Plano C” perguntado por uma liderança do MAB, sobre a questão da liminar concedida pelo poder judiciário a Construtora Camargo Correia, para a desocupação das casas, respondeu que a Camargo correia, não esta exigindo o cumprimento da sentença até que essa questão seja pacificada com as lideranças do Movimento.
Disse ainda o Prefeito, que a proposta da Prefeitura, é que as casas na sua totalidade sejam doados para a municipalidade, e depois adotados critérios sociais da presidência da republica, as mesmas sejam doadas aos moradores de mutum Paraná e região, mas só para quem comprovadamente necessitar.
Da Redação Folha.
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