Gabinete do presidente da França, Emmanuel Macron, fez anúncio após conferência de emergência de doadores realizada neste domingo (9)
Uma conferência de emergência de doadores realizada neste domingo (9) para ajudar o Líbano após uma explosão gigantesca em Beirute resultou em promessas no valor de quase 253 milhões de euros (cerca de R$ 1,6 bilhão) em apoio humanitário imediato, informou a Presidência francesa.
Esses compromissos não são condicionados a reformas políticas ou institucionais, disse o gabinete do presidente Emmanuel Macron. Também foram feitas promessas de apoio a longo prazo que dependeriam de mudanças introduzidas pelas autoridades, segundo o Palácio do Eliseu.
Potências mundiais prometeram não desamparar o povo libanês enquanto a capital, Beirute, se recupera da enorme explosão que matou 158 pessoas, feriu mais de seis mil e devastou áreas o entorno do porto na última terça-feira. O Líbano já estava mergulhado em uma crise política e financeira antes da explosão.
No primeiro fim de semana após o episódio, milharesa de manifestantes tomaram as para protestar. Ao menos dois ministros renunciaram: a titular da pasta da Informação, Manal Abdel Samad, e o ministro do Meio Ambiente, Damianos Kattar.
Os países estrangeiros exigiram transparência sobre como a ajuda vai ser usada, cautelosos em passar cheques em branco a um governo considerado por seu próprio povo como profundamente corrupto. Alguns estão preocupados com a influência do Irã por meio do grupo xiita Hezbollah.
A “assistência deve ser oportuna, suficiente e consistente com as necessidades do povo libanês … e entregue diretamente à população libanesa, com máxima eficiência e transparência”, afirmou comunicado divulgado após uma videoconferência.
Macron, que visitou Beirute na quinta-feira (6), conduziu a conferência por vídeo-link e em seus comentários iniciais fez um apelo às nações participantes para colocarem de lado suas diferenças e apoiarem o povo libanês.
A oferta de assistência incluiu apoio para uma investigação imparcial, confiável e independente sobre a explosão.
FONTE: REUTERS
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