Joana Havelange, diretora do COL, desagradou a cúpula da CBF ao compartilhar no Instagram nota em que está escrito: “não vou torcer contra [a Copa], até porque o que tinha que ser gasto, roubado, já foi”.
A atitude da filha de Ricardo Teixeira, revelada pelo Blog do Juca Kfouri, foi na contramão do esforço que a CBF e a comissão técnica da seleção brasileira fazem para que a onda de protestos contra a Copa não afete a simpatia dos torcedores pelo time nacional. Afinal, o episódio só jogou mais lenha na fogueira.
Três presidentes de federações estaduais próximos do comando da CBF ouvidos pelo blog avaliaram como um tiro pela culatra a atitude da dirigente do Comitê Organizador Local. Afirmaram que ela quis defender o Mundial no Brasil e a seleção, mas falou, na opinião deles, algo que só se pode pensar, nunca tornar público.
A nota divulgada pela neta de João Havelange também prega que o protesto seja feito nas próximas eleições, nas urnas. Só que evitar se meter na disputa eleitoral é desejo da CBF, presidida hoje por José Maria Marin, chefe dela no COL, e a partir do ano que vem por Marco Polo Del Nero.
Mas apesar do desconforto, nada drástico deve acontecer, pois atropelar Joana seria comprar briga com o pai dela. Ganhar a inimizade de Teixeira seria desastroso para Marin e Del Nero.
Nesse cenário, o nariz torcido da dupla de cartolas é o menor dos problemas da dirigente do COL, alvo de uma representação do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Veja abaixo o documento que ele protocolou no MP do Rio.
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