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Jaru tem uma das maiores plantas exportadoras de carne da região norte – Por Sílvio Persivo

Coisa difícil dos governantes entenderem. “O melhor programa econômico do governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem” (Irineu Evangelista de Sousa, Barão do Mauá). 

JARU TEM UMA DAS MAIORES PLANTAS EXPORTADORAS DE CARNE DA REGIÃO NORTE

Rondônia aparece entre os cinco primeiros Estados do país no ranking de exportação da carne bovina em termos de exportação. Entre os municípios, o de Jaru, em particular, o  Frigorífico Irmãos Gonçalves (FRIGON) se destaca pelo volume de produção, com cerca de 1.800 bovinos abatidos por dia e a projeção é de, no futuro, saltar para 3.600 por dia. O frigorífico comercializa carne bovina para estados do Sul e Sudeste, além de abastecer o mercado de Amazonas, Roraima e do próprio Estado de Rondônia, além de abastecer o mercado de carne bovina no Chile, Uruguai, Peru, Argentina, Egito, Hong Kong, kosowo, Turcomenistão, Moldávia, Tunísia, Arábia Saudita, Emirados Árabes. No acumulado desde o início do ano, somente o frigorífico exportou mais de 18 mil toneladas de carne bovinas para países da Europa e Ásia. Atualmente gera 2.172 empregos diretos, o que demonstra como a cadeia da carne é importante e possui uma participação cada vez mais expressiva na economia do Estado. Nesta semana, acompanhado do prefeito de Jaru, João Gonçalves Júnior, o governador Marcos Rocha visitou as instalações do frigorífico aconteceu na manhã de quarta-feira, 18, quando esteve acompanhado para conferir de perto o potencial do segmento.  

PRÊMIO FENACOM 2019

O presidente regional da Federação Nacional dos Comunicadores-FENACOM, Rosinaldo Guedes, informando que no próximo dia 30 de novembro de 2019 acontece, no Rondon Palace Hotel, a entrega do Prêmio FENACON 2019 que, este ano, terá como homenageado o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, pelo relevante trabalho de combate à criminalidade. 

RECEITA TRIBUTÁRIA DO AMAZONAS SOBE PELO 4º MÊS SEGUIDO 

A receita tributária do Amazonas, pelo quarto mês consecutivo, apresentou alta em agosto, com um valor de R$ 973,91 milhões em valores nominais, 13,43% a mais em relação ao mesmo mês de 2018 (R$ 858,59 milhões). Foi o maior valor mensal em recolhimentos do Estado este ano.  No acumulado dos oito meses, o aumento do valor arrecadado foi de 7,21%. O montante saltou de R$ 6,66 bilhões (2018) para R$ 7,14 bilhões (2019). Responsável por quase 90% das receitas, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), embora tenha alcançado o maior demonstrativo mensal do ano, avançou 13,07% no confronto com agosto de 2018 (R$ 762,99 milhões) e chegou a R$ 862,71 milhões. No acumulado, foram R$ 6,32 bilhões (2019) contra R$ 5,96 bilhões (2018), uma diferença de 6,04%. O segundo tributo de arrecadação própria em termos de volume, o IPVA acelerou na mesma velocidade de crescimento da frota tributável do Estado -cuja taxa média de elevação ultrapassa os 6% anuais. No comparativo mensal, foram R$ 31,93 milhões (2019) contra R$ 28,63 milhões (2018), uma alta de 11,53% nominais, pouco acima da marca anterior (+10,14%). No acumulado, o montante chegou a R$ 259,53 milhões.  Os dados são da Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda).

RUMO CERTO, MAS, EM VELOCIDADE DEVAGAR 

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), acertadamente,  reduziu, nesta quarta (19), em 0,5%, o valor da Selic, que passou de 6% para 5,5% ao ano, o menor patamar histórico da série. De fato foi o 14º corte na taxa do custo da Selic, desde que a taxa atingiu o pico de 14,25% ao ano (entre julho de 2015 e outubro de 2016). A redução foi originada por um cenário de inflação controlada e demanda em baixa e, com o viés, que pode haver mais cortes neste ano. Bolsonaro comemorou a decisão numa postagem no Twitter escrevendo: ‘É a Economia dando certo”. Em parte é verdade, mas, ainda falta melhorar os investimentos e taxas mais altas de crescimento. Também, para um governo que prometia diminuir impostos, as iniciativas, até aqui, foram pífias. E, com Guedes, segurando a atualização da tabela do imposto de renda não se tem muita esperança de que um grande melhoria no curto prazo. Falta ao governo menos discurso, polêmicas e mais ação na área econômica. Embora, ao contrário do que pregam jornais e oposições, o rumo esteja certo. 

O ORÇAMENTO DE 2020 AINDA SERÁ DEFICITÁRIO 

O governo federal já enviou para o Congresso Nacional a proposta orçamentária, o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020. Nesta proposta constam as receitas e despesas programadas para o próximo ano fiscal para serem apreciadas no Congresso. Ressalte-se que, no PLOA 2020, o baixo nível do investimento público. Da despesa primária de R$ 1,48 trilhão (19,4% do PIB), o investimento público do governo central será de  R$ 19 bilhões, que poderá aumentar para R$ 30 bilhões (0,4% do PIB), quando parte das emendas parlamentares impositivas forem alocadas para esta finalidade. Em 2014, o investimento público a valores de hoje foi de R$ 102,7 bilhões. Ou seja, apenas 2% da despesa primária do governo central no próximo ano será alocada para investimento e 98% será gasto com pessoal e custeio, sendo que a quase o total dessas despesas são obrigatórias. Outro ponto do orçamento de 2020 é que será o sétimo ano seguido de déficit primário: R$ 124 bilhões (1,6% do PIB). É, portanto, um  enorme desafio o ajuste fiscal, dado que pela Emenda Constitucional (EC) no 95/2016, o teto dos gastos, estabeleceu que, por dez anos, o crescimento da despesa primária do governo central não pode superar a inflação. O teto dos gastos implica um ajuste fiscal pelo lado da despesa, o que significa sair de uma despesa primária do governo central de 19,9% do PIB, em 2016, para uma despesa primária de 16% do PIB até 2026, transformando um déficit primário de 2% do PIB em um superávit da mesma magnitude, um ajuste fiscal de cerca de R$ 280 bilhões, equivalente a 4% do PIB.

AUTOR: SÍLVIO PERSIVO –  COLUNISTA TEIA DIGITAL –  JORNALISTA, PROFESSOR E ECONOMISTA

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