País proibiu a entrada de viajantes de 146 países, mas medida foi criticada e considerada discriminatória pelos estrangeiros vivendo no país
O governo do Japão pretende permitir, a partir de setembro, o retorno de residentes estrangeiros que tenham deixado o país, algo que no momento só é permitido em circunstâncias excepcionais, conforme anunciado nesta sexta-feira (21) pelo canal estatal NHK.
As autoridades japonesas atualmente proíbem a entrada de viajantes de 146 países ao redor do mundo em seu território, restrições de fronteira aplicadas há meses devido à pandemia do novo coronavírus.
Essa medida também afeta os estrangeiros residentes no Japão que viajaram para qualquer outro país antes ou depois das restrições entrarem em vigor.
Este veto tem sido criticado em várias frentes pelo seu caráter discriminatório com os estrangeiros residentes no Japão, pois os cidadãos japoneses estão autorizados a regressar ao país após terem viajado para os 146 territórios da “lista negra”, com a condição de ser submetidos a testes de PCR e quarentena na chegada.
Os residentes estrangeiros só podem entrar no Japão se tiverem deixado o país “por razões humanitárias”, como morte ou doença grave de um parente próximo, e em casos que sejam estudados um a um pelas autoridades japonesas.
O governo pretende aumentar o número de testes de PCR nos principais aeroportos internacionais do país para que sejam realizados cerca de 10 mil por dia, segundo a NHK.
Dessa forma, teria capacidade suficiente para testar todos os residentes estrangeiros que voltarem ao Japão, que também teriam que realizar uma quarentena de 14 dias em hotéis especialmente designados para isso, disse a emissora estatal japonesa.
Por enquanto, o governo liderado por Shinzo Abe não se pronunciou sobre esta flexibilização que afetaria os cerca de 2,6 milhões de estrangeiros com status de residência no Japão.
No final do mês passado, Abe anunciou sua intenção de diminuir gradualmente as restrições à imigração, começando com funcionários de empresas estrangeiras e estudantes.
FONTE: EFE
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