Brasil

Irmã diz que morte de pastor pode ter sido ‘por causa de dinheiro’

 “Acho que foi por causa de dinheiro. Se foi por causa de dinheiro, quero que venha à tona”, afirmou

A irmã do pastor Anderson do Carmo, morto no último dia 16, acredita que o crime pode ter sido motivado por uma disputa financeira. “Acho que foi por causa de dinheiro. Se foi por causa de dinheiro, quero que venha à tona”, afirmou Michele do Carmo à TV Globo. Ele disse que esteve na casa no dia que o irmão, que era casado com a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), foi assassinado.

Ela contou que ficou desconfiadas de algumas situações que presenciou, mas não contou para ninguém e ficou calada – não deu detalhes, na entrevista, de quais seriam essas suspeitas. Michele contou que posteriormente narrou tudo que viu para a polícia.

A irmã de Anderson foi ouvida por cerca de quatro horas na Divisão de Homicídios de São Gonçalo e NIterói na quarta (26). Ela disse que não quer contar o que falou à polícia para não atrapalhar a investigação do caso. “Quero justiça, mas não posso contar o que falei. Quero que a justiça seja feita, doa a quem doer”, afirma. Ela acrescentou que o irmão não recebia ameças, não tinha inimigos nem amantes.

A polícia intimou ontem oito dos 55 filhos do casal, boa parte adotivos, para prestar depoimento. Dois filhos do pastor estão presos e são suspeitos pela morte. Flávio dos Santos Rodrigues, 38 anos, filho biológico de Flordelis, que tinha um mandado de prisão por violência doméstica, e Lucas dos Santos, 18, que tinha mandado por crime análogo ao tráfico de drogas.

De acordo com a polícia, Flávio confessou ter atirado seis vezes no pastor. A defesa dele negou posteriormente a confissão. Lucas é suspeito de ter fornecido a arma usada no crime, encontrada depois no quarto que Flávio dormia na casa de Flordelis e do pastor Anderson.

Imagens de segurança divulgadas mostram os dois na cena do crime. Flávio aparece deixando a casa correndo às 3h40. Ele alegou que foi buscar ajuda da polícia, mas às 3h53 volta sozinho. Dois minutos depois, um carro sai com Carmo, levando-o ao hospital, mas ele já estava morto.

Lucas aparece chegando em um carro de app às 3h10. O motorista fica do lado de fora e cinco minutos depois Lucas volta, entra no carro e sai. A polícia diz que ele não ficou lá durante o crime, mas ajudou a comprar a arma.

 

FONTE: Correio 24horas

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