Investigações vão conduzir deputados a doações de campanha, supostas vendas de lotes no setor industrial e pagamentos de propinas, muitas propinas
Evasão fiscal
A Assembleia Legislativa criou no último dia 3, a CPI da Evasão Fiscal, que vai investigar uma série de maracutaias feitas por alguns assessores do governo Confúcio. Um dos investigados, e que vai ter que dar muitas explicações chama-se Gilson Salomão, que aportou por aqui vindo do Acre, onde trabalhou na gestão Tião Viana e Binho Marques na implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) daquele Estado. Ele foi levado para o Acre pelo então presidente da Federação das Indústrias de lá, com quem mantinha uma estreita amizade. Gilson Salomão saiu do Mato Grosso anteriormente.
Pois bem
Como de costume, Confúcio Moura simpatiza com algumas figuras que não dá para entender. E pior, ele contrata pagando essas pessoas com recursos públicos. E Gilson Salomão foi um desses. Ele veio “de presente” das mãos do ex-secretário de Planejamento do Acre Gilberto Siqueira, que não encontrou espaço na gestão de Binho Marques (ele era secretário de Viana) e montou uma consultoria que conseguiu receber R$ 7,7 milhões do governo daquele Estado. Sabe aquelas “consultorias” que só o PT sabe fazer? Pois é.
Continuando
Em 7 de janeiro de 2011, Confúcio Moura divulgava esfuziante em seu blog, “Gilberto Siqueira está em Porto Velho. Foi Secretário de Planejamento do Acre por cerca de 16 anos. É um camarada acelerado, competente, articulado com o Brasil inteiro. Sabe fuçar as coisas e conseguir dinheiro até no meio das pedras. Bem-vindo a Rondônia”. Pois é. Ele soube não apenas conseguir dinheiro como deixar por aqui seu apadrinhado, Gilson Salomão, que rapidamente foi nomeado Coordenador de Desenvolvimento Comercial, Industrial e da Produção (CODIC) um órgão que era da SEDES e passou a integrar a SEAGRI e agora faz parte da nova SUDER. Curiosamente, assim que a CPI foi instaurada, ele pediu exoneração do cargo. A publicação deve sair nos próximos dias no Diário Oficial do Estado.
Seguindo
Gilson ganhava CDS 9 no governo, (R$ 5.700) e comprou recentemente com um sócio um terreno onde opera um estacionamento em frente à Caixa Econômica em Porto Velho e comprou na semana passada uma camionete SW4 zero quilômetro. Deve ter herdado de seu ex-chefe no Acre a capacidade de “conseguir dinheiro até no meio das pedras”. E as pedras rondonienses, pelo jeito, dão muito dinheiro.
Ainda a CPI
O governo em passado recente começou a reorganizar os lotes no setor industrial de Porto Velho. Áreas que foram doadas ainda na gestão Cassol que não havia sido ocupadas (pela total falta de estrutura) foram retomadas e feitos novos processos de doação. Todos os processos passam pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado (CONDER) e o CODIC tem assento no Conselho. Fortes rumores ainda ano passado, davam conta que algumas empresas supostamente teriam chegado a pagar entre R$ 700 a R$ 2,5 milhões por lotes no setor industrial. Não pelo terreno em si, mas pelos incentivos. O lote é fácil, o difícil é a obtenção dos incentivos fiscais. O assunto chegou a ser comentado pelo senador Ivo Cassol na tribuna, onde ele mencionou essa situação.
Grupo Maggi
Outra curiosidade nessa relação envolvendo Gilson Salomão e Confúcio Moura diz respeito às doações feitas pelos empresários Itamar Locks e Hugo de Carvalho, ambos executivos do Grupo Maggi. Cada um doou R$ 1 milhão para a campanha de reeleição de Confúcio em 2014, isso valores declarados ao TRE. Essa generosidade, que foi intermediada por Salomão, passa pela seleção das empresas que são se instalar no Porto Integrado de Rondônia, que eram de responsabilidade de Gilson Salomão. O atual secretário de Agricultura do Estado, Evandro Padovani, anda com as barbas de molho com as atuais mudanças feitas no governo, “algo pode aparecer”, teria dito ele a pessoas próximas. Resta saber o que é esse “algo”.
Até mesmo
Um vereador de Porto Velho teria conseguido uma doação de campanha no valor de R$ 100 mil. O dinheiro foi entregue porque ele “sabe de tudo”, então foi melhor “dar uma ajuda” que enfrentar também uma CPI na Câmara Municipal. Um ex-assessor do governo, que foi afastado por uma série de denúncias envolvendo questões imobiliárias faz parte do esquema, mesmo estando fora, ele ainda integra o grupo.
Em agosto
A CPI passa a se reunir para ouvir diversas pessoas, e a coisa vai feder. O deputado estadual Jesuíno Boabaid é quem preside a comissão, que tem como relator o deputado estadual Léo Moraes, além de Jean Oliveira, Aélcio da TV e Laerte Gomes. A intenção da CPI, conforme informou Boabaid é não somente criminalizar os responsáveis pela evasão fiscal, mas também apontar falhas no sistema e “criar mecanismos para que esta evasão seja freada”. Com isso, disse, “iremos dar uma resposta à sociedade”. Ou seja, a CPI foi criada, mas os deputados ainda não tem noção do tamanho do rombo, tampouco quem são os personagens que estão envolvidos. Se eles avançarem com as investigações, vão chegar na porta do Palácio, aí o futuro, só a Deus pertence.
Em 2011
O blogueiro acreano Altino Machado revelou como funcionava o esquema de “consultoria” da empresa EPM Expert, que pertencia a Gilberto Siqueira, “o homem que tira dinheiro de pedra”. O material completo está AQUI. Também no Acre, em 2012, o articulista Edilberto Araújo divulgou o histórico de Gilson Salomão, isso você vê AQUI!
O que incomoda de fato
É essa mania horrorosa que Confúcio tem de trazer algumas figuras complicadas de fora do Estado. Rondônia não ganha nada com isso, exceto as manchetes policiais depois que são deflagradas as operações.
Enquanto isso
Duas oficiais da Polícia Militar de Rondônia, que estão à disposição do governador Confúcio Moura como assessoras, custam juntas aos cofres estaduais, R$ 56 mil por mês, ou R$ 672 mil por ano, isso sem incluir o 13º salário e férias. Uma, que é cabo da Polícia Militar, recebe salário na PM de R$ 19.183, além de R$ 6.200 na SUGESPE. A outra é capitã da Polícia Militar e recebe soldo de R$ 24.500 e também um salário de R$ 6.200 na SUGESPE. O pagamento dessas gratificações não é crime. No caso da primeira, ela também empregou grande parte de sua família no governo em cargos comissionados. O assunto já está sendo investigado pelo Ministério Público. Quem acompanha a coluna sabe de quem estou falando.
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Saiba o que pode prejudicar seu fígado
O fígado sofre muito com crendices populares. Chás como o verde, espinheira santa, cáscara-sagrada, além de álcool, obesidade e automedicação lesionam o órgão. Silencioso, o fígado trabalha arduamente para garantir a boa saúde do corpo. No entanto, quando é agredido por qualquer que seja o agente, como vírus, álcool ou alimentação ruim, começa a se desgastar. É essencial entender que sem o fígado não se vive, já que é um dos órgãos mais complexos do organismo. Segundo o hepatologista Raymundo Paraná, da Sociedade Brasileira de Hepatologia e professor da Universidade Federal da Bahia (UFB), o fígado tem uma função imunológica,: ele retira as impurezas de todo o sangue que vem do intestino, permitindo que ele vá limpo para o coração. O médico hepatologista explica que quando o fígado é agredido de forma severa, seja por uma substância tóxica ou por vírus e bactérias, acontece a hepatite aguda. Ao contrário do que muitos pensam, boca amarga, azia, má digestão e manchas na pele não são sinais de problemas no fígado. “Quem reage à má ingestão de alimentos são o esôfago, estômago e duodeno”, explica a hepatologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Cátia Rejania de Melo. A obesidade também é uma vilã para o bem-estar do órgão. “Uma forma de proteger o fígado é não engordar. As causas principais da gordura no fígado (esteatose hepática não alcoólica) são a obesidade e o colesterol alto. No dia a dia, além da obesidade, o consumo de álcool, os vírus da hepatite B e C, chás, remédios fitoterápicos, alopáticos, suplementos alimentares inadequados e as populares e ilegais “bombas” que muitos tomam para crescimento muscular podem arruinar esse órgão. Essa história de que há medicamentos que protegem o fígado, sejam alopáticos ou naturais, não é verdade. Não existe nada comprovado do ponto de vista científico”, enfatiza o hepatologista. “No chá de boldo, por exemplo, só há possibilidade de malefício. O chá verde, em excesso, é tóxico e pode causar hepatite grave. A erva-cavalinha também agride o fígado. A cáscara-sagrada e uma série de outros que passam a ideia de protetores podem causar muito mal”, alerta Paraná. Além disso, ele coloca na lista negra a espinheira-santa, mãe-boa, sacada, aloe vera, fedegoso e picão preto.
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