Todo mundo edita como vê. “A internet não é a vida real, é uma edição da realidade, filtrada como cada um bem entende” (Hugo Gloss).
SEMANA DO CACAU ACONTECE EM OURO PRETO
Os produtores de cacau de Rondônia estão participando da Semana do Cacau em Ouro Preto do Oeste, município a 320 quilômetros de Porto Velho, que
começou na última segunda-feira (20) e se estende até a próxima sexta-feira (24). Rondônia é o terceiro maior produtor de cacau do Brasil produzindo cerca de 20 mil toneladas, ou seja, 7% da safra nacional. Nos cinco dias de evento, os produtores terão aulas práticas e teóricas sobre o manejo do cacau seminal e clonal e farão visitas nas propriedades cacaueiras, com objetivo de mostrar as técnicas de cultivos aplicadas pelos agricultores. Entre as atrações do evento, se destaca o concurso de pratos exóticos produzidos com o fruto. Os visitantes terão acesso a uma culinária diferente. A representante da Secretaria de Turismo em Ouro Preto do Oeste, Maria Geralda, afirmou que
“A semana foi idealizada para resgatar a importância do cultivo da cacauicultura na região. Sempre aplicando as novas tecnologias de manejo”.
AULA INAUGURAL DO PROFÁGUA
A Coordenação do Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) realizará a Aula Inaugural do Curso no dia 31 de agosto de 2018, no Auditório da Biblioteca do Campus de Ji-Paraná, às 8 horas. Na ocasião, será proferida a palestra Atualidades sobre Recursos Hídricos, pela professora Luciana Sanches, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). O evento é aberto a toda a comunidade acadêmica e contará também com a participação do coordenador Nacional do ProfÁgua, professor Jefferson Oliveira Nascimento.
ALTA DO DÓLAR AFETA ZONA FRANCA DE MANAUS
A valorização do dólar acima dos R$ 4,00, nos últimos dias, traz reflexos negativos para economia do Amazonas. A valorização da moeda americana, a partira das incertezas eleitorais, aumenta diretamente os preços de matérias primas importadas e a geração de emprego no PIM (Polo Industrial de Manaus), afetando o curso da economia do estadual do Amazonas. Para o economista Ailson Rezende, até abril de 2018, as importações de insumos do PIM somavam U$ 3,119 bilhões, com a participação de 65,58% de todas
as aquisições para a produção. Com o aumento dos custos, por causa da moeda norte-americana, as empresas tiveram os preço de seus produtos mais elevados e seus lucros acabam sendo reduzidos, o que pode influir na capacidade de investimentos futuros. Segundo Rezende, outro fator que tem ocasionado a crescente do dólar são as eleições no Brasil. A instabilidade eleitoral tem influenciado no comportamento do mercado internacional e afetado o curso da economia. Ele ressaltou, que as incertezas da reforma política e da retomada do crescimento econômico têm sido cruciais para a possível falta de investimento de empresas no estado. Já o BC (Banco Central) aponta que, em maio, cerca de 46,9% das empresas brasileiras possuíam dívida em dólar e sem proteção contra variação do câmbio. Para Rezende, este cenário afeta diretamente as empresas que possuem dívidas em moeda estrangeira instaladas no estado. “Portanto, mesmo sem fazer novos empréstimos, a empresa vai precisar desembolsar mais reais para pagar sua dívida”.
RORAÍMA EM UMA SITUAÇÃO COMPLEXA
No último fim de semana, uma turma de brasileiros atacou acampamentos de venezuelanos em Paracaima, a 215 km de Boa Vista, que é a principal porta de entrada dos imigrantes no Brasil. É um fato lamentável, porém, não se pode também julgar sem conhecimento de causa. A questão é complexa. Somente quem está na região sabe como o imenso fluxo de migrantes modificou o cotidiano das cidades. É, de certa forma, natural que parte da população se mostre ressentida pela precarização de serviços públicos, pressionados pela demanda dos imigrantes, pelo aumento da violência no Estado menos povoado do Brasil e também, dizem, alguns homens venezuelanos se comportam de forma agressiva em relação às mulheres. O episódio é triste, mas, não pode esconder o fato de que a migração generalizada (estima-se que mais de dois milhões de venezuelanos tenham saído do país por conta da crise) revela o fracasso econômico do governo Maduro. Em Boa Vista, a situação também é difícil com muitos venezuelanos se instalando onde podem e sem comida. E o governo local não tem como absorver só um problema tão grave.
INTENÇÃO DE CONSUMO NACIONAL VOLTA A CRESCER EM AGOSTO
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) mostrou uma leve reação em agosto. O indicador da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), alcançou 85,6 pontos, um aumento de 0,6% em relação ao mês passado e de 10,7% em relação ao mesmo período de 2017. Quatro componentes da pesquisa tiveram crescimento mensal, com destaque para o nível de consumo atual (+3,4%) e perspectiva de consumo (+1,8%). “Esse movimento sugere que o susto das famílias com a greve dos caminhoneiros vai ficando para trás, na medida em que os choques de preços observados logo após a paralisação não se replicaram nas semanas seguintes”, observou o economista da CNC Antônio Everton. A análise da CNC destaca a preocupação das famílias em relação ao mercado de trabalho. Estes componentes, apesar de se manterem na zona positiva, acima de 100 pontos, indicam percepções negativas quanto ao emprego (-0,4%) e à perspectiva profissional (-0,8%). “Isso indica o maior receio das famílias diante da incapacidade de a economia voltar a crescer e de gerar postos de trabalho de forma mais consistente”, comentou o economista. Com o fraco crescimento da economia e as dificuldades de reação do mercado de trabalho, a CNC reduziu novamente a projeção das vendas do comércio varejista de 4,8% para 4,5% em 2018, assim como as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) (agora variação de 1,6%, ante 1,8%) e a geração de 500 mil postos de trabalhos).
AUTOR: SÍLVIO PERSIVO – COLUNISTA TEIA DIGITAL
PROFESSOR E ECONOMISTA
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