Exercício militar norte-coreano ocorre em momento de tensão na região e crise com os Estados Unidos. EUA e Coreia do Sul também realizaram exercício com fogo real nesta quarta.
Segundo o Exército da Coreia do Sul, as artilharias são de longo alcance. Jornalistas independentes não tiveram acesso para cobrir o evento registrado nas imagens.
Fontes da agência sul-coreana “Yonhap” disseram nesta terça que este foi “o maior exercício de tiros” até agora. O líder norte-coreano Kim Jong-un teria participado das manobras, onde teria testado artilharia de longo alcance, de acordo com uma fonte do governo citada pela agência.
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Foto distribuída nesta quarta-feira (26) pelo governo da Coreia do Nortes mostra exercício de artilharia com fogo real realizado por ocasião do aniversário de seu Exército (Foto: Korean Central News Agency/Korea News Service via AP)
A Coreia do Norte tem uma base aérea em Wonsan e mísseis também já foram testados na região.
O exercício militar norte-coreano chega em um momento de tensão na região por conta dos testes armamentícios de Pyongyang e o crescente temor que o país asiático realize um novo teste nuclear que aumente a crise com os Estados Unidos.
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Coreia do Norte realizou exercício militar por ocasião do aniversário do Exército e em meio a tensão com os Estados Unidos (Foto: KRT via AP Video)
Tensões com os EUA
No mesmo dia em que os exercícios militares foram conduzidos, o submarino americano USS Michigan, com mísseis guiados, chegou à Coreia do Sul.
Além do submarino, os EUA enviaram à península da Coreia o porta-aviões americano Carl Vinson, em resposta aos contínuos testes balísticos norte-coreanos.
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A KRT, emissora estatal da Coreia do Norte, divulgou nesta quarta-feira (26) imagens do exercício militar realizado no país (Foto: KRT via AP Video)
A embarcação e sua frota de ataque se encontram atualmente realizando exercícios conjuntos estratégicos com tropas japonesas no Pacífico e planejam se aproximar da península da Coreia no final desta semana.
Exercícios dos EUA e Coreia do Sul
De acordo com a agência Efe, forças da Coreia do Sul e dos Estados Unidos realizaram nesta quarta, um dia após o exercídio da Coreia do Norte, uma de suas maiores manobras conjuntas com fogo real já efetuadas até então. As imagens forsam divulgadas pela agência Associated Press.
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Tanques dos EUA disparam nesta quarta-feira (26) durante exercício conjunto com forças da Coreia do Sul em Pocheon, perto da fronteira com a Coreia do Norte (Foto: AP Photo/Ahn Young-joon)
Os exercícios foram feitos no condado de Pocheon, com manobras previamente programadas que fazem parte das simulações conjuntas que Seul e Washington fazem em cada ano no território sul-coreano.
Participaram 30 helicópteros, 90 tanques e veículos blindados, 30 caças e cerca de 2 mil militares participaram dos exercícios, que simulam uma resposta relâmpago a um possível ataque norte-coreano sobre postos de guarda da Coreia do Sul.
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Exército da Coreia do Sul dispara foguetes durante exercíco militar conjunto com os EUA nesta quarta-feira (26) em Pocheon (Foto: AP Photo/Ahn Young-joon)
Também foram implantadas várias unidades de lança-foguetes múltiplos M270 dos EUA, um temido lançador motorizado e blindado que disparou diversos mísseis durante estes jogos de guerra.
Sistema antimíssil
Sistema antimísseis americano para defender Coreia do Sul gera polêmica
Nesta quarta, militares dos Estados Unidos começaram a transferir partes do sistema antimíssil THAAD para o sul da Coreia do Sul, desencadeando protestos de moradores de vilarejos e críticas da China.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul informou que elementos do Thaad foram levados ao local de instalação, que antes abrigava um campo de golfe e se localiza cerca de 250 quilômetros ao sul da capital Seul.
No ano passado, os EUA e a Coreia do Sul concordaram em acionar o Thaad em contraposição aos mísseis lançados por Pyongyang. Os dois aliados afirmam que seu único objetivo é ter uma defesa contra os norte-coreanos.
Mas a China diz que o radar avançado do sistema pode penetrar fundo em seu território e minar sua segurança, ao mesmo tempo em que fará pouco para conter o Norte, e se opõe a ele de maneira inflexível.
Porta-aviões chinês
Pequim lançou oficialmente nesta terça seu segundo porta-aviões, o primeiro construído totalmente nos estaleiros chineses, informou a agência oficial de notícias Nova China. A agência de notícias não revelou quando o navio, produzido nos estaleiros de Dalian, no nordeste do país, entrará em serviço, ou que nome terá.
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China apresenta seu novo porta-aviões nesta quarta-feira (26), o primeiro feito totalmente no país (Foto: Li Gang/Xinhua via AP)
O porta-aviões terá propulsão convencional e não nuclear, e transportará principalmente os Shenyang J-15, o avião de combate da força aeronaval chinesa, segundo o ministério da Defesa.
Serão necessários cerca de dois anos até que o novo porta-aviões esteja completamente equipado para realizar seus primeiros testes no mar, opinou a especialista em China do Instituto de Pesquisa Estratégica da Escola Militar francesa, Juliette Genevaz.
A China já dispunha de um porta-aviões, o “Liaoning”, cujo casco foi fabricado na antiga União Soviética.
‘Todas as opções sobre a mesa’
A Coreia do Norte disse na segunda (24) que reforçará suas “medidas nucleares de auto-defesa”, após a ordem de Washington de enviar para a península coreana o porta-aviões Carl Vinson.
As forças armadas da Coreia do Norte “responderão com golpes mortais” e resistirão “qualquer tentativa de guerra total com um ataque nuclear sem piedade”, disse o regime.
O presidente americano Donald Trump e vários altos funcionários de sua administração advertiram a Coreia do Norte que “todas as opções estão sobre a mesa” no caso dos programas nuclear e balístico de Pyongyang, incluindo a opção militar.
Trump afirmou na segunda-feira que o Conselho de Segurança da ONU deveria “estar preparado” para impor novas sanções a Pyongyang. A ONU já aprovou seis séries de sanções contra a Coreia do Norte.
Já o presidente da China, Xi Jinping, pediu que todos os lados demonstrem cautela. A China é a única aliada da Coreia do Norte, mas tem expressado revolta com seus programas nuclear e de mísseis e frustração com a beligerância do regime.
Fonte: G1
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