Homem foi reconhecido pela vítima por uma foto de celular por um roubo de celular da mulher de um policial a 20 km do local da delegacia onde caso foi registrado.
bulante Wilson Rosa foi acusado de roubar o celular da mulher de um policial. Ele já estava preso havia 30 dias quando foi levado à presença do juiz. A Justiça concluiu que ele era inocente e Wilson foi libertado, segundo reportagem do Bom Dia Brasil.
O roubo aconteceu no dia 9 de agosto de 2016 na Avenida Ibirapuera. Um dia depois, a ocorrência foi registrada no 100º DP (Jardim Herculano), que fica a 20 km da Avenida Ibirapuera, onde trabalha o marido da vítima.
A descrição no boletim é de um homem de pele preta , cabelo raspado altura 1,70 magro. rosto bem magro, caracteristicas comuns em grande parte da populaçao brasileira. Muito difícil chegar a um reconhecimento de um crime atraves de um descrição dessa.
Wilson foi preso cinco meses e quatro dias após o roubo. Ele estava com um grupo de rapazes quando um policial o abordou. Ele foi algemado e filmado por um celular. O policial mandou a foto para a esposa fazer o reconhecimento pelo celular.
Os três filhos de Wilson, um deles com necessidades especiais, perguntavam pelo pai. “Os filhos dele pergunta muito dele … eu não vou falar pro meu filho de 5 anos que o pai dele ta preso né”, disse Leandra, mulher de Wilson.
A família acionou um advogado que conseguiu na Justiça libertar Wilson 32 dias após ele ser preso.
Na saída da cadeia, no dia 13 de fevereiro Wilson chorou abraçado à mulher e os filhos.
“É dolorido você ser acusado de uma coisa que não fez, o pessoal ficar falando que você é ladrão. A gente fala para a pessoa que é uma pessoa digna, que é trabalhador e a pessoa nao acredita em você”, disse Wilson.
“Lá dentro eu só chorava. Foram 32 dias sem dormir. Você não sabe o que é tomar um banho e dormir com 56 caras do seu lado. Todo dia uma briga, todo dia uma discussão. Aqui dentro você dá valor pra família, você dá mais valor pra Deus. Dá mais valor pra vida”, relata. “Aqui pode ser o pior bandido que tá preso. Quando a grade fecha, filho chora e a mãe não vê.”
A Polícia Civil informa que todos os pedidos de prisão são decididos pela Justiça, com acompanhamento do Ministério Público, conforme prevê a legislação. No caso registrado no 100º DP, o suspeito foi reconhecido pessoalmente pela vítima.
O inquérito foi encaminhado à Justiça no dia 17 de janeiro, que acatou o pedido de conversão da prisão temporária para preventiva. Também houve apreciação do caso por parte do Ministério Público. Qualquer denúncia sobre conduta irregular deve ser formalizada na Corregedoria da Polícia Civil, que apura com rigor todas as informações que recebe. Desde o ano passado, 9 policiais civis ou científicos foram demitidos e 40 foram expulsos.
Segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça, o Brasil tem hoje mais de 650 mil presos. Destes, cerca de 220 mil são presos provisórios, que ainda não foram julgados.
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