NOVA DÉLHI – O guru indiano Gurmeet Ram Rahim Singh foi condenado nesta segunda-feira, 28, a 10 anos de prisão por estupro em meio a fortes medidas de segurança, uma sentença que foi revelada depois que na sexta-feira
seus seguidores protagonizaram graves distúrbios que deixaram 38 mortos no norte do país.
O juiz Jagdeep Singh foi encarregado de ler a decisão e para isso foi levado de helicóptero até a prisão de Sunaria, no Estado de Haryana, onde o guru está detido, informou a imprensa local.
Polícia indiana reforçou a segurança na prisão de Sunaria, onde está detido o guru Gurmeet Ram Rahim Singh Foto: EFE
O líder religioso tinha sido declarado culpado por estupro na sexta-feira por um tribunal de Panchkula, cerca de 250 quilômetros ao norte, mas só hoje a sentença foi revelada entre fortes medidas de segurança.
O forte dispositivo contou com 2 mil policiais e 23 companhias paramilitares. “Organizamos fortes medidas (de segurança) no distrito de Rohtak, especialmente nas estradas que levam à prisão de Sunaria”, onde está o guru, disse em declarações à imprensa o inspetor geral de polícia da zona, Navdeep Singh Virk.
Na sexta-feira, milhares de seguidores do guru provocaram o caos no norte do país, protagonizando distúrbios que se estenderam até a capital indiana, a cerca de 280 quilômetros, e acabaram com 38 mortos, 250 feridos e quase mil detidos
Além disso, ocorreram graves danos materiais com a queima de duas estações de trem e 76 veículos, segundo indicou a polícia de Haryana.
O guru Gurmeet Ram Rahim Singh, conhecido por gostar de joias e por suas roupas chamativas, lidera a organização espiritual Dera Sacha Sauda e afirma contar com 50 milhões de seguidores na Índia.
Além disso, el protagonizou em 2015 um filme sobre em sua vida e, um ano antes, publicou um disco que vendeu três milhões de cópias em apenas três dias.
Esta não é a primeira vez que Gurmeet Ram Rahim Singh se encontra no centro de uma polêmica. Em 2015 ele foi acusado de ter incentivado 400 de seus discípulos a se castrar para ficar mais próximo dos deuses. Além disso, foi processado em uma investigação do assassinato de um jornalista em 2002. / EFE e AFP
Fonte: O Estado de S.Paulo
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