Não era alto, não era particularmente bonito, não tinha uma voz grandiosa, um olhar marcante, algum talento daqueles excepcionais: Gugu era único
Gugu Liberato leva com ele um Brasil que nos fará muita falta: leve, otimista, menino e repleto de esperança, com muita vida pela frente. Com ele também se despede, cedo demais, um jeito simples de fazer TV, ingênuo e carismático.
Gugu tinha uma estrela que ilumina a poucos nesse mundo. Ela abençoou todos os seus caminhos e foi apontando portas para que ele as abrisse aos milhões de fãs. De sucessor de Silvio Santos, foi aprendendo a trilhar uma trajetória pessoal inimitável. Ele não era herdeiro, era único. E breve.
Seus momentos de glória, as audiências incríveis, foram consequência de um trabalho intenso que o fez passar pelas principais emissoras do Brasil – concedendo à Record TV a honra de ser sua última morada.
Não era alto, não era particularmente bonito, não tinha uma voz grandiosa, um olhar marcante, algum talento daqueles excepcionais. O que seriam empecilhos para alguém se consagrar como um dos maiores comunicadores da história deste país, em Gugu eram exatamente a fonte de sua empatia, da cumplicidade e afeto que conquistou nesses quase 45 anos de carreira.
Antônio Augusto Moraes Liberato representa um brasileiro comum que não existe mais. O Brasil mudou muito nos últimos anos, e talvez não haja novas oportunidades para meninos que se chamam Gugu atinjam o mesmo estrelato. Essa estrela é única. E se foi.
FONTE: R7.COM
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