Estado vive apagão há uma semana, Normalização só na 2ª (16.nov). Apesar disso, eleições foram mantidas
O Ministério de Minas e Energia informou nesta 4ª feira (11.nov.2020) que restabelecerá 80% da energia elétrica no Estado do Amapá. No domingo (8.nov), o presidente Jair Bolsonaro havia dito que 76% da carga já havia sido retomada.
O perfil oficial da pasta no Twitter informou que a operação de uma nova unidade geradora da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, iniciada nesta 4ª feira (11.nov), aumentará em 10% o atendimento atual. A pasta informou ainda, por meio de sua assessoria de imprensa, que o alcance do percentual informado não é imediato.
Catorze das 16 cidades do Estado enfrentam 1 apagão desde 3ª feira passada (3.nov), quando uma tempestade causou incêndio em uma subestação de Macapá, capital amapaense, e danificou 2 dos 3 transformadores. O 3º está em manutenção desde dezembro de 2019. O dano nos equipamentos fez com que o abastecimento fosse interrompido nas linhas de transmissão Laranja/Macapá e nas usinas hidrelétricas Coaracy Nunes e Ferreira Gomes, que abastecem a região.
O fornecimento de energia começou a ser retomado no sábado (7.nov), quando 1 dos transformadores foi consertado. O restabelecimento de 100% da carga necessária para atender o Estado, no entanto, deverá acontecer até a próxima 2ª feira (16.nov), quando o 2º transformador entrar em funcionamento. Até lá, a região afetada é atendida em esquema de rodízio.
O apagão fez com que o governo do Estado decretasse estado de emergência. Válido por 90 dias, o decreto estabelece 1 plano de emergência para atender a população afetada pela falta do serviço (637,5 mil pessoas).
Congressistas pediram que o Ministério Público e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) apurem o caso. A Justiça Federal determinou no sábado (7.nov) que o apagão no Amapá fosse completamente solucionado em 3 dias. O prazo encerrado na 3ª feira (10.nov), no entanto, não foi cumprido.
A decisão, assinada pelo juiz João Bosco Soares, estabeleceu multa de R$ 15 milhões para a Isolux, companhia responsável pela subestação, caso a eletricidade não fosse completamente restabelecida no prazo determinado. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quer que a Eletronorte assuma o comando da subestação de eletricidade do Amapá se for comprovada negligência da concessionária.
Apesar do impasse, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amapá informou que o calendário das eleições será cumprido e as eleições municipais serão realizadas no Estado.
O sistema só estará normalizado quando o 3º equipamento –necessário para atender o critério de confiabilidade– entrar em operação. Isso deve acontecer até 30 dias depois do acidente, informou a pasta.
FONTE: PODER 360
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