O Ministério da Saúde planeja gastar até R$ 250 milhões para oferecer hidroxicloroquina e azitromicina no programa Farmácia Popular, segundo estudo da pasta revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. As farmácias conveniadas serão reembolsadas pela distribuição gratuita dos medicamentos do chamado “kit covid”.
Embora não haja comprovação científica da eficácia dessas drogas contra o novo coronavírus, elas se tornaram a aposta do governo Jair Bolsonaro para enfrentar a pandemia.
O governo federal tem mais de 2,5 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina encalhados nos estoques, mas esses produtos não fazem parte do kit que poderá ser distribuído gratuitamente.
O programa Farmácia Popular prevê a distribuição de medicamentos gratuitos ou a venda com 90% de desconto em estabelecimentos conveniados, que depois são reembolsados pelo governo federal pelo valor que adquiriram os produtos.
Segundo a proposta do Ministério da Saúde, será preciso prescrição médica para retirar o “kit covid”.
Na tabela definida pelo governo, cada caixa com dez comprimidos de sulfato de hidroxicloroquina 400 mg custa R$ 25. O medicamento é indicado para artrite reumatoide, lúpus e malária. Já dez comprimidos do antibiótico azitromicina 500 mg valem R$ 35.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro aumentou a produção de cloroquina no Laboratório do Exército, que fez mais de 3,2 milhões de comprimidos, sendo que havia mais de 400 mil unidades em estoque em novembro.
O Brasil também recebeu cerca de 3 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina do presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, e da farmacêutica Sandoz, mas ainda não conseguiu distribuir nem 500 mil unidades. Além da baixa procura, o medicamento foi enviado em caixas com 100 ou 500 comprimidos e precisa ser fracionado – com custo repassado a estados e municípios.
FONTE: YAHOO NOTÍCIAS
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