O governo do presidente Michel Temer anunciará no dia 1º de maio um reajuste no benefício do Bolsa Família e técnicos ainda trabalham nos cálculos para definir o percentual do reajuste, para que ele fique acima da inflação, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
Essa fonte, que falou sob condição de anonimato, garantiu que, na pior das hipóteses, o reajuste vai repor a inflação, mas que o desejo do governo é dar um aumento real. Os cálculos que estão sendo feitos visam estabelecer quão cima da inflação poderá ser o aumento.
A definição esbarra no desejo do governo de poder continuar afirmando que a entrada no programa social segue zerado. O ajuste fino, portanto, visa um reajuste que mantenha uma folga financeira capaz de manter essa fila zerada.
“Mas a fila depende também do pente-fino. O que queremos é que as economias que estamos fazendo também no auxílio-doença do INSS sejam levadas em conta para dar aumento acima da inflação”, disse a fonte à Reuters.
Em junho de 2016, pouco depois de Temer assumir como presidente interino em meio ao processo de impeachment de Dilma Rousseff, o governo anunciou um reajuste de 12,5 por cento no benefício médio do Bolsa Família.
O reajuste, a ser anunciado na próxima semana, acontece em ano de eleições gerais. Temer, apesar da baixa popularidade, não descarta a hipótese de buscar nas urnas em outubro um novo mandato presidencial.
FONTE: REUTERS
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