A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando está apresentando aos candidatos à Presidência da República, aos governos estaduais e aos parlamentos federal e estaduais um documento solicitando o compromisso de todos com políticas voltadas para as exportações de derivados do leite. O “Termo de Compromisso com a Pecuária Leiteira – Sem exportação não há solução” reivindica a criação de uma organização governamental para conduzir as ações de incentivo à exportação. Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Rodrigues, o Brasil tem condições para instalação de uma agência de fomento com esta finalidade, precisando apenas tomar medidas para criar uma estrutura de trabalho, realocando recursos humanos de outros órgãos governamentais para atuarem neste projeto. “Além disso, é preciso viabilizar o trabalho de empresas nacionais e cooperativas que certamente vão se mobilizar para colocar nosso País definitivamente no mercado internacional”, assegura.
O presidente esteve nesta sexta-feira (14/09), em Uberaba/MG, reunido com vários políticos e candidatos e entregou o Termo de Compromisso a todos, dentre eles o candidato a vice-governador de Minas Gerais, o deputado federal Marcos Montes. Essa ação será intensificada nas semanas que antecedem as eleições, contato com a colaboração dos associados e dos representantes da Girolando nos estados, para que um maior número de assinaturas seja coletada.
Desde sua fundação, em 20 de dezembro de 1978, a Girolando sempre defendeu o setor leiteiro e vem lutando por políticas públicas mais justas para o setor, tanto no âmbito nacional quanto internacional, e participa ativamente da Câmara Setorial do Leite e de outros órgãos ligados ao setor. “Sabemos que temos condições de elevar a produção de leite, nos tornando autossuficientes, e ainda atender o mercado externo. Já somos o maior polo de genética leiteira tropical do mundo graças ao excelente trabalho de seleção conduzido pelos pecuaristas brasileiros”, diz o presidente. A raça Girolando corresponde a 80% do leite produzido no país.
Dados do setor- O Brasil tem elevado sua produção de leite nas últimas décadas. De 1974 a 2014, a produção nacional quase quadruplicou, passando de 7,1 bilhões para mais de 35,1 bilhões de litros, segundo dados do IBGE. Mas a pecuária leiteira muitas vezes sofre os efeitos dos problemas econômicos do país, já que a renda das famílias brasileiras é o maior direcionador de consumo de lácteos do país. Por isso, é importante que o Brasil se torne exportador de lácteos, o que levará a uma igualdade entre os preços internacionais e os praticados no mercado interno.
Segundo especialistas do setor, é impossível tornar o setor atrativo a investimentos de longa maturação se a volatilidade e a imprevisibilidade de receita são a tônica, em função de ser impossível antever qual o preço que será pago ao produtor. Preços voláteis geram receita volátil e incerteza quanto ao retorno de investimentos.
A exportação de derivados de leite é o caminho para a garantia e gerações de milhares de empregos no Brasil, de preços mais estáveis e previsíveis no mercado interno e para atrair novos investimentos para o setor. O projeto de criação da agência de fomento foi idealizado pelo pecuarista Evandro Guimarães e conta com o apoio da Girolando e de diversas outras entidades.
FONTE: ASSESSORIA
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